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Vibra (VBBR3): por que as ações podem saltar até 104%, segundo a Levante

A queda dos preços na bomba após a redução dos impostos e do petróleo ajudou nos volumes vendidos, pontuaram os analistas Bruno Benassi, Gabriel Floriano e Vitor Polli

Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia
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A Vibra (VBBR3) apresentou seus números referentes ao terceiro trimestre deste ano na noite desta quinta-feira (10). Em um período de mudanças tributárias e muita volatilidade, o resultado foi bom, disse a Levante.

O volume de vendas ficou estável ante o mesmo período de 2021, que apresentou forte base de comparação, visto que, naquele trimestre, houve uma demanda adicional pelas usinas termelétricas. 

A queda dos preços na bomba após a redução dos impostos e do petróleo ajudou nos volumes vendidos, pontuaram os analistas Bruno Benassi, Gabriel Floriano e Vitor Polli.
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A receita líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 52 bilhões, aumento de 44,9% na comparação anual, impulsionado pelos maiores preços dos combustíveis no período. 

A partir deste trimestre, a companhia passou a segregar a divisão de lubrificantes e a de renováveis, que engloba sua participação na Comerc e na Evolua.

O EBITDA ajustado foi de R$ 925 milhões (-21,9% A/A), com margem de R$ 90 por metro cúbico (vs. R$ 115 por metro cúbico no 3T21). 

A queda na margem já era esperada e foi consequência, principalmente, do efeito de estoques (R$ 1,7 bilhão), vista a queda nos preços dos combustíveis ao longo do trimestre. 

Excluído esse efeito e outros não recorrentes, a margem normalizada seria de R$ 215 por metro cúbico, a maior da história da companhia.

Analistas atribuem o recorde na margem para as vantagens competitivas detidas pela Vibra, que consegue importar um grande volume de combustíveis para suprir o mercado, enquanto concorrentes menores não conseguem. 

Eles afirmam que isso só foi possível por conta da alta volatilidade apresentada recentemente, assim como pelas incertezas em relação à política de preços da Petrobras (PETR3)(PETR4). Neste cenário, as incumbentes do setor têm se destacado.

A Levante mantém recomendação de compra para VBBR3, com preço-alvo de R$ 35,00 em doze meses – o que implica em um potencial de valorização de 104% sobre a cotação atual.