A Vibra (VBBR3) apresentou seus números referentes ao terceiro trimestre deste ano na noite desta quinta-feira (10). Em um período de mudanças tributárias e muita volatilidade, o resultado foi bom, disse a Levante.
O volume de vendas ficou estável ante o mesmo período de 2021, que apresentou forte base de comparação, visto que, naquele trimestre, houve uma demanda adicional pelas usinas termelétricas.
A queda dos preços na bomba após a redução dos impostos e do petróleo ajudou nos volumes vendidos, pontuaram os analistas Bruno Benassi, Gabriel Floriano e Vitor Polli.
.
A receita líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 52 bilhões, aumento de 44,9% na comparação anual, impulsionado pelos maiores preços dos combustíveis no período.
A partir deste trimestre, a companhia passou a segregar a divisão de lubrificantes e a de renováveis, que engloba sua participação na Comerc e na Evolua.
O EBITDA ajustado foi de R$ 925 milhões (-21,9% A/A), com margem de R$ 90 por metro cúbico (vs. R$ 115 por metro cúbico no 3T21).
A queda na margem já era esperada e foi consequência, principalmente, do efeito de estoques (R$ 1,7 bilhão), vista a queda nos preços dos combustíveis ao longo do trimestre.
Excluído esse efeito e outros não recorrentes, a margem normalizada seria de R$ 215 por metro cúbico, a maior da história da companhia.
Analistas atribuem o recorde na margem para as vantagens competitivas detidas pela Vibra, que consegue importar um grande volume de combustíveis para suprir o mercado, enquanto concorrentes menores não conseguem.
Eles afirmam que isso só foi possível por conta da alta volatilidade apresentada recentemente, assim como pelas incertezas em relação à política de preços da Petrobras (PETR3)(PETR4). Neste cenário, as incumbentes do setor têm se destacado.
A Levante mantém recomendação de compra para VBBR3, com preço-alvo de R$ 35,00 em doze meses – o que implica em um potencial de valorização de 104% sobre a cotação atual.