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CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) ou Vale (VALE3): qual ação escolher?

Novas projeções do Itaú BBA incorporam resultados do terceiro trimestre e novas premissas para PIB e câmbio

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Em relatório publicado na sexta-feira (18), o Itaú BBA atualizou seus modelos de avaliação para CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3), com a incorporação dos resultados do terceiro trimestre deste ano. 

De acordo com os analistas Barbara Soares, Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza e Marcelo Furlan Palhares, as mais recentes projeções contêm as novas premissas para PIB (Produto Interno Bruto) e câmbio. 

Para a CSN (CSNA3), estimaram um preço-alvo de R$ 16,00 por ação para o final de 2023 (vs. R$ 17,00 por ação, anteriormente). Para a divisão de aço, projetam um declínio de 12% na comparação anual para os preços de aço no mercado doméstico e uma estabilidade para os volumes de venda, na comparação anual.

Assim, esperam um EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 10,8 bilhões em 2023 (queda de 8% em relação à projeção anterior).

Quanto a Gerdau (GGBR4), estimaram o novo preço-alvo em R$ 37,00 por ação, ao final de 2023 (vs. R$ 34,00 por ação, anteriormente). Nesta revisão, analistas mantêm o resultado operacional (EBITDA) para cerca de R$ 22 bilhões em 2022, diante de sólida performance nos Estados Unidos.

Porém, esperam queda no EBITDA em 2023, para R$ 14 bilhões, devido a menores preços de aço no mercado doméstico e nos Estados Unidos.

Já para a Usiminas (USIM5), o Itaú BBA introduziu o novo preço-alvo de R$ 9,00 por ação ao fim do ano que vem, contra R$ 15,00 por papel anteriormente projetado. O novo EBITDA estimado para 2023 soma R$ 3,7 bilhões, diante de menores preços de aço no mercado doméstico e de
minério de ferro – uma queda de 33,0% em relação às expectativas anteriores.

Por fim, a Vale (VALE3) deve alcançar um EBITDA de US$ 16,4 bilhões (queda de 20% na comparação anual) no ano que vem, dado que a queda do preço de minério de ferro (de US$ 118 a tonelada em 2022 para US$ 90 a tonelada em 2023) devem mais do que compensar volumes melhores ano contra ano e menores custos.

Na divisão de metais-base, projetam um EBITDA de US$ 2,7 bilhões para 2023 (aumento de 8% na comparação anual), no qual melhores volumes e custos mais do que compensarão menores preços.

Analistas projetam o preço-alvo de US$ 16,00 para os ADRs da mineradora ao fim do ano que vem.

O Itaú BBA destaca que, por ter uma exposição inferior em minério de ferro, a Gerdau continua como sua principal escolha, enquanto dizem gostar também da proposta de risco-retorno da Usiminas, dado a sua forte geração de caixa e valuation atrativo.

Para os preços de aço, ainda esperam retração entre 10% e 15% para 2023 em meio a menores preços globais e normalização da demanda doméstica.