De 9 de novembro a 8 de dezembro deste ano, as ações da Cielo (CIEL3) já caíram 19,89%, de R$ 5,43 a R$ 4,35. No acumulado do ano, os papéis ainda apresentam forte valorização de 98,63%.
O BTG Pactual afirmou, em relatório, que permanece construtivo com as ações. Analistas foram categóricos em afirmar que não veem nenhuma razão fundamental para a forte liquidação recente dos papéis que não esteja associada a deterioração do mercado em geral.
Eles dizem que ainda não veem nenhuma mudança significativa no discurso da gestão, apesar de pontuarem que o TPV (quantidade total de transações de pagamento processadas pela instituição de pagamento autorizada) esteja em diminuição.
Analistas afirmam que já incorporaram o fato ao modelo de investimentos e creem que a Cielo possa entregar resultados próximos ao patamar de R$ 2 bilhões no ano que vem.
Caso isso se concretize, analistas veem que os papéis CIEL3 são negociados a um preço muito atraente de 5,7x P/L, o que parece um ótimo ponto de entrada.
O BTG diz que este ano foi uma importante reviravolta para a companhia, com o consenso EPS aumentado por mais de 50% ao longo do ano.
TPV de suporte, um rendimento de receita impulsionado por reprecificação, maior penetração de pré-pagamento, sólido controle de custos e fortes receitas de Cateno foram os principais ventos favoráveis.
Apesar do cenário mais desafiador para 2023, o BTG deixa as estimativas como estão por enquanto.
Eles mantêm preço-alvo de R$ 7,00 por papel para o fim de 2023 – o que implica em um potencial de valorização de cerca de 60%, com recomendação de compra.