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Copel (CPLE6): ações podem saltar 55% com privatização, diz Safra

Os cálculos pressupõem fatores como uma redução de 20% nas despesas gerais de PMSO, caso a operação se concretize

Sede da Copel, em Curitiba. - Aniele Nascimento -Arquivo, Tribuna do Paraná
Sede da Copel, em Curitiba. - Aniele Nascimento -Arquivo, Tribuna do Paraná

Em relatório publicado nesta quinta-feira (15), o Banco Safra revisou suas estimativas para a Copel (CPLE6), com elevação de classificação neutra para outperform e ajuste de R$ 8,00 para R$ 11,50 no preço-alvo das ações.

A projeção implica em um potencial de valorização de 55% sobre a cotação atual, além de incorporar a privatização como caso-base. Os cálculos pressupõem fatores como uma redução de 20% nas despesas gerais de PMSO e corte do WACC nominal de 0,50 p.p. para 9% vs. os 9,5% anteriores.

No preço-alvo, os papéis seriam negociados a um múltiplo de 6,4x EV/EBITDA 2024, contra a média histórica de 4,8x. As ações são negociadas com uma TIR implícita de 12,1%.

Analistas pontuam que, no entanto, devemos observar que seus pares privados negociam em média a um múltiplo histórico de 7,5x.

Se assumirmos outra reclassificação devido a sua privatização, ou seja, com os papéis negociados em linha com seus rivais, em 7,5x, o preço-alvo implícito seria de R$ 13,60, com consequente potencial de valorização de 85%.

Os principais riscos para a tese são:

i) atraso nas discussões no Tribunal de Contas;

ii) deterioração macroeconômica que impactaria a demanda pela oferta potencial;

iii) regulamentação de mudanças nas renovações de concessão de GenCos ou DisCos, que aumentariam os riscos para as concessionárias no geral.