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Fitch reafirma rating soberano do Brasil em BB-, com perspectiva estável

Classificações são limitadas pelo alto endividamento do governo e expectativas de que o crescimento vai desacelerar no próximo ano, com recente melhoria fiscal corroída

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Nesta terça-feira (20), a Fitch Ratings afirmou o rating de inadimplência de emissor (IDR) de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BB-, com perspectiva estável.

De acordo com a agência, os ratings do Brasil são sustentados por sua grande e diversificada economia, alta renda per capita, mercados domésticos profundos que permitem uma alta parcela de financiamento soberano em moeda local e capacidade de absorção de choque sustentada por uma taxa de câmbio flexível, baixa desequilíbrios externos e reservas internacionais robustas.

Entretanto, as classificações são limitadas pelo alto endividamento do governo, uma estrutura fiscal rígida, fraco potencial de crescimento econômico e um histórico de desafios de governabilidade que dificultaram os esforços para abordar essas questões fiscais e econômicas e obscureceram a previsibilidade das políticas.

A Fitch acrescenta que a perspectiva estável reflete a expectativa de que o crescimento vai desacelerar no próximo ano e que a recente melhoria fiscal vai ser corroída por um novo governo, mas dentro de uma margem consistente com o rating atual e de um ponto de partida melhor do que o esperado anteriormente.

A incerteza se mantém elevada em relação aos planos do novo governo e até que ponto eles podem aliviar ou agravar os desafios fiscais e econômicos.

No entanto, a Fitch não espera políticas que comprometam a estabilidade econômica geral.