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Cury (CURY3) demonstra "execução de alto nível" e pode disparar 65%, dizem analistas

Atividades impulsionam forte desempenho dos lucros e 11% de rendimento do fluxo de caixa livre (FCF) no próximo ano

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Na quinta-feira (22), a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI iniciaram a cobertura das ações de Cury (CURY3) e destacaram que a companhia demonstra uma execução de alto nível, que impulsiona um forte desempenho dos lucros e 11% de rendimento do fluxo de caixa livre (FCF) no próximo ano.

Os analistas Bruno Mendonça e Wellington Lourenço impuseram recomendação de compra para os papéis da incorporadora de baixa renda, com um preço-alvo de R$ 20,00 para o fim do próximo ano – o que implica em um potencial de valorização de 65% sobre a cotação atual.

A tese se baseia em quatro pilares:

i) melhor execução e rentabilidade em um segmento com exposição limitada às incertezas da taxa Selic, uma vez que as casas de baixa renda são financiadas pelo FGTS e oferecem uma perspectiva melhor para 2023 do que seus pares de média-alta renda;

ii) geração de fluxo de caixa sólido que suporta um payout de 60-70%;

iii) um player premium com um valuation atrativo de 6,8x, o múltiplo P/L estimado para 2023 (em linha com seus pares de baixa renda) e 11% de rendimento do fluxo de caixa livre (FCF) – o mais alto ante os pares – apoiado por uma taxa de crescimento média ponderada anual (CAGR) dos lucros de 31% entre o período de 2022-2024, mesmo após o desempenho positivo no acumulado do ano para as ações CURY3, com avanço de 74%;

iv) recente melhoria na liquidez das ações, com a ADTV (volume médio diário de negociação) em expansão para R$ 21 milhões (de R$ 8 milhões) depois que a Cyrela (CURY3) reduziu sua participação entre setembro e outubro de 2022, e permitiu a inclusão da companhia no índice MSCI Small Cap.

Entre os direcionadores, Mendonça e Lourenço citam uma tendência contínua de ganhos positivos, apoiada pelas novas regras do programa Casa Verde e Amarela (CVA) em relação aos limites de preços, subsídios e inflação decrescente dos custos de construção (INCC) no ano que vem.

Por fim, pontuam entre os riscos: aumento dos custos de construção, reformas fiscais que impactam os dividendos, deterioração da acessibilidade no segmento de renda média e enfraquecimento ainda maior das condições macroeconômicas.