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Gol (GOLL4): veja porque você deve vender as ações antes que 2023 chegue!

Premissas macroeconômicas, elevadas dívidas com leasings e um caixa substancialmente pequeno pesam contra a companhia, dizem analistas da Genial Investimentos

Gol - Gol/Divulgação
Gol - Gol/Divulgação

Devido às premissas macroeconômicas atualizadas, elevadas dívidas com leasings em um período ainda longo de renovação de frota e um caixa substancialmente pequeno, a Genial Investimentos decidiu rebaixar a recomendação de Gol (GOLL4) para venda, com preço-alvo de R$ 5,40.

De acordo com os analistas Bernardo Noel e Ygor Araújo, com o aumento dos preços do petróleo, o operacional da companhia aérea tem sido relativamente comprimido. Além disso, a escalada do dólar fez com que o pagamento de seus leasings ficasse mais caro. 

Com a pandemia de Covid-19, os fabricantes de aeronaves concederam maiores prazos de pagamento para as companhias aéreas, visto que também enfrentavam problemas com abastecimento de componentes eletrônicos.

Com o término do período mais duro da pandemia de Covid-19 e as operações normalizadas, Noel e Araújo avaliam ser possível que haja um encurtamento desses prazos.

Dado que aproximadamente metade de sua dívida se concentra somente em arrendamentos, e que cerca de 77% desses possuem prazo após 2023, caso isso se concretize, poderemos ver a Gol enfrentar alguns problemas de liquidez.

Analistas calculam que se a empresa não gerar caixa no quarto trimestre, somente a dívida remanescente para 2022 divulgada sobre o período entre julho e setembro representa cerca de 90% do caixa e recebíveis de curto prazo da empresa – isso quando considerado que ela consiga adiantar suas contas a receber sem nenhum deságio.

O quarto trimestre mais forte seria importante para Gol voltar a respirar com mais tranquilidade, disseram.

Com o processo de renovação de frota em andamento, analistas esperam que haja uma redução no consumo de combustível por aeronave para o ano que vem, dado que os novos Boeing 737-Max possuem maior eficiência de combustível em relação aos Boeing 737-NG (cerca de 13,0%).