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Unipar (UNIP6) ou Braskem (BRKM5): Qual ação desponta como a favorita da XP?

Analistas avaliam que o setor petroquímico exige cautela, dado o cenário de preços e spreads baixos nos produtos, e estimam uma normalização a partir de 2025

Unipar/Divulgação - Unipar/Divulgação
Unipar/Divulgação - Unipar/Divulgação

A XP Investimentos iniciou nesta segunda-feira (11) a cobertura das ações de Braskem (BRKM5), com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 27,00.

Já para a Unipar (UNIP3)(UNIP6), a recomendação foi de compra, ao preço-alvo de R$ 105,00 nas ações preferenciais classe B (PNB)(UNIP6) e R$ 95,00 nas ações ordinárias (ON)(UNIP3).

Os analistas Andre Vidal, Helena Kelm e Marcella Ungaretti avaliam que o setor petroquímico exige cautela, uma vez que o ambiente de preços e spreads baixos nos produtos do setor deve permanecer nos próximos trimestres e ainda não está totalmente refletido nas ações.

Na análise, a Unipar está melhor posicionada que a Braskem, por apresentar resultados mais resilientes, melhor conversão de caixa, inserção no setor de energia renovável e valor de ações mais barato.

Para o grupo de analistas, o lado negativo é que a Unipar deve ter uma pressão na geração de caixa livre do ano que vem por conta do ciclo de capex, que deve levar o pagamento de dividendos para o mínimo exigido pelo estatuto até 2025, e a operação na Argentina tem riscos idiossincráticos.

Já a Braskem tem suas operações afetadas mais diretamente pelo ciclo atual dos petroquímicos. No documento, os analistas consideraram perigoso negociar as ações da empresa com base em notícias envolvendo a possível compra da participação da Novonor.

“Mesmo que uma transação ocorra, ela não necessariamente vai beneficiar os minoritários: a Petrobras pode decidir exercer seu direito de preferência, transformando a Braskem numa estatal, ou o um player privado pode comprar o controle mas não disparar o direito de tag along”, pontuam os analistas.

Sobretudo, a XP acredita em um ano desafiador pela frente, dada a combinação de demanda fraca e sobreoferta, principalmente na China. Por isso, a estimativa dos analistas é que só possa acontecer uma normalização nesse setor a partir de 2025.