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Saraiva (SLED3)(SLED4): como fica o impasse sobre o conselho de administração?

Uma ata falsa assinada por presidentes de colegiados deflagraram duas renúncias

Fachada de loja da Saraiva - Reprodução
Fachada de loja da Saraiva - Reprodução

Os membros do conselho de administração, Aron Rabeno, e do conselho fiscal, Francine Nunes, renunciaram aos seus cargos na última segunda-feira, 18 de setembro, em virtude de irregularidades na Saraiva (SLED3)(SLED4).

Uma ata falsa assinada pelos respectivos presidentes dos colegiados deflagraram as renúncias.

Além disso, o controlador votou a aprovação de suas próprias contas em Assembleia de Acionistas – algo proibido por lei – e houve o adiantamento de milhões de reais à empresa KR Capital, do ex-Ceo Marcos Guedes, entre os motivos que podem ter lesado 14 mil acionistas desta empresa de capital aberto.

Em esclarecimentos à B3 e à Comissão de Valores Mobiliários, a Saraiva destacou que sua atividade "reduziu-se expressivamente e, infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente vai gerar outras renúncias de conselheiros eleitos".

A empresa relembrou que, hoje, possui controlador definido, mas, com o capital disperso, consequentemente, vai deixar de tê-lo, "o que
pode alterar o interesse de conselheiros ora eleitos, já que podem entender que o novo perfil acionário".

A sugestão de cronograma para recomposição do conselho de administração deve, primeiramente, aguardar a conclusão da AGESP convocada para a próxima sexta-feira (22) para verificar se os preferencialistas irão ratificar a deliberação da AGEO.

Uma vez ratificada, a nova base acionária vai requerer a eleição de novo conselho de administração, ou ainda, se os conselheiros atualmente eleitos terão interesse em se manter no cargo visto o novo perfil acionário da companhia.