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Copom: Analistas veem Selic a 12,75% hoje, mas há apostas de cortes de até 0,75 p.p.

Há unanimidade em relação ao prosseguimento do ciclo de corte dos juros, mas magnitude divide opiniões

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide, nesta quarta-feira (20), qual rumo a taxa básica de juros Selic vai seguir. A expectativa do mercado é que o Comitê mantenha o caminho de queda da taxa e aposta em baixa de 12,75%.

Atualmente, a Selic está em 13,25% e caso se concretize, este será o segundo corte consecutivo desde a última reunião realizada pelo colegiado em agosto. O anúncio deverá acontecer após o fechamento do mercado, no início da noite de hoje.

De acordo com a última edição do Boletim Focus, a grande maioria dos economistas consultados aposta que a taxa básica seguirá em queda, atingindo 0,5 ponto percentual. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano. 

Na análise de Laís Costa, analista da Empiricus Research, a decisão deve voltar a ser unânime e indicar a continuidade dos cortes. 

Para ela, será interessante ver como se comportam as projeções dos modelos da autoridade monetária, “uma vez que o mercado atribui uma pequena probabilidade de aceleração dos cortes para 75bps entre as reuniões de dezembro e janeiro de 2024”.

Em relatório, o Itaú (ITUB4) reduziu as projeções para a taxa no fim deste ano, de 11,75% para 11,5% e em 2024 de 9,5% para 9,0%.

Segundo o banco, o reajuste se deve à dinâmica mais benigna da inflação de serviços e à desaceleração da atividade econômica, que deve ficar mais evidente ao longo deste segundo semestre.

O Santander (SANB11) também diminuiu suas projeções para a Selic em 2024. A expectativa do banco é que o juros fique na casa de 9,5% – antes a estimativa era de 10%.

“Acreditamos que o nível ainda elevado dos juros nos Estados Unidos e Europa, sem novos aumentos esperados de taxa, mas com ciclo de flexibilização se iniciando a partir do segundo trimestre de 2024, poderá ser uma restrição à aceleração da intensidade nos cortes de juros da política monetária brasileira”, pontua o Santander.