Marcos Falcão, presidente do IRB (IRBR3), afirmou à Reuters, em evento do setor de seguros, Fides 2023, no Rio de Janeiro, que, após últimos anos conturbados, a empresa "voltou ao normal" e tem como meta estabilizar seu índice de sinistralidade em cerca de 75% em 2024.
Segundo ele, a companhia passou por turbulências na esteira de um escândalo de fraude revelado em 2020 e teve que fazer um aumento de capital no ano passado após o desenquadramento de requisitos regulatórios, influenciado por prejuízos mensais em sequência.
Até aqui, a aposta de Falcão, que virou presidente do IRB no final do ano passado, foi a disciplina de capital e a melhora da gestão operacional.
O IRB divulgou um lucro líquido de R$ 22,3 milhões em julho, em comparação com prejuízo de R$ 58,9 milhões no mesmo mês do ano passado. A sinistralidade total do IRB ficou em 73,6% no segundo trimestre deste ano.
A companhia ainda tem como meta concentrar mais as operações na América Latina e alcançar 15% de faturamento na região, contra 10% atualmente, segundo o executivo. "É aqui que a gente faz diferença, conhece e somos mais importantes. É experiência. Até o segundo trimestre de 2024 chegamos nessa meta", disse Falcão.
Para Falcão, o IRB vai ser o principal player de resseguro da América Latina em 2025. "A faxina do passado está sendo feita este ano, se reflete nos números do ano que vem e 2025 é a estilingada".
Na última segunda-feira (25), a IRB fechou o dia com alta de 2,35% em seus ativos, com papéis cotados a R$ 41,44.
As informações são de Reuters.