O Banco Central israelense anunciou nesta segunda-feira (9) que venderá até US$ 30 milhões em reservas estrangeiras a fim de recuperar a força de sua moeda nacional, que tem registrado queda após o ataque de militantes do Hamas no fim de semana.
O shekel (moeda de Israel) enfraqueceu 1,63%, para negociação a 3,90 em relação ao dólar, seu nível mais fraco em sete anos.
O banco acrescentou ainda que fornecerá liquidez ao mercado por meio de mecanismos SWAP de até US$ 15 bilhões.
"O Banco irá operar no mercado durante o próximo período, a fim de moderar a volatilidade na taxa de câmbio do shekel e fornecer a liquidez necessária para a continuação do bom funcionamento dos mercados", disse o Banco Central de Israel, em comunicado.
No domingo (8), o índice de referência de Israel TA-35 fechou em queda de 6,47%, o que marca sua maior perda em mais de três anos, desde março de 2020.
O índice subiu 0,11% em sua primeira hora de negociação nesta segunda-feira, após o anúncio feito pelo Banco.
Outras bolsas do Oriente Médio registraram quedas. O EGX 30 do Egito caiu 0,6% e o Tadawul All Share Index da Arábia Saudita retraiu 0,55%.
O ataque
No último sábado (7), os israelenses foram pegos de surpresa, quando o braço armado do Hamas enviou mais de 2,5 mil foguetes da Faixa de Gaza – área controlada pelo grupo extremista armado desde 2007 -, a Israel.
O ataque já resulta em quase mil mortos e 4 mil feridos no total.
Do lado palestino, 313 mortos e 2 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza. Do lado israelense, 600 mortos e 1.800 feridos, de acordo com levantamento mais recente feito pela mídia local.
Israel reagiu com bombardeios aéreos. Os ataques palestinos tiveram como alvo dezenas de cidades e localidades no sul e no centro de Israel, como a capital Tel Aviv e Jerusalém.
O governo de Israel também afirma que há mais de 100 israelenses feitos reféns pelo Hamas.
Um alto funcionário do grupo palestino disse que o objetivo da captura de reféns é o de trocá-los por prisioneiros palestinos detidos nas cadeias israelenses, concentradas nas cidades de Be'eri e Ofakim.
As informações são de Wall Street Journal.