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Gerdau (GGBR4): criação de imposto de 25% sobre importação de aço é "urgente", diz presidente

Para Gustavo Werneck, a elevada importação de aço no Brasil é fruto da desindustrialização que tem acontecido há muito tempo, e se agravou muito ao longo dos últimos meses

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O presidente-executivo da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, categorizou nesta terça-feira (7) como "urgente" a necessidade de o governo criar imposto de importação de 25% sobre aço que tem chegado ao país em grandes volumes neste ano.

Para ele, essa importação elevada de aço é o maior problema da indústria de aço brasileira. “Não é novo, está relacionado à desindustrialização que tem acontecido no Brasil há muito tempo, e se agravou muito ao longo dos últimos meses", afirmou Werneck.

A fala do executivo acontece em um período onde a companhia em que atua registrou queda de 47% no lucro do terceiro trimestre.

"É urgente que o governo federal implemente medidas de curtíssimo prazo para combater esse fenômeno", disse Werneck, citando que de janeiro a final de setembro as importações de aço pelo Brasil subiram 58% sobre um ano antes.

O executivo afirmou que, diante da capacidade de exportação de aço da China prevista para este ano, da ordem de 100 milhões de toneladas, "não existe qualquer possibilidade" para os produtores nacionais venderem seus produtos no exterior.

De acordo com Werneck, historicamente a Gerdau reserva 25% da capacidade de suas operações no Brasil para exportações. Mas este ano "para nós esse potencial de exportação está congelado", acrescentou.

Ele citou que a companhia atualmente tem três usinas no Brasil paradas, mas não identificou as unidades citando questões de competitividade. Com isso, a empresa demitiu 700 funcionários no país.

O único local que a empresa não fez ajustes de pessoal em decorrência da concorrência com as importações, disse o executivo, foi a usina de Ouro Branco (MG), onde a companhia está investindo 1,5 bilhão de reais em expansão de capacidade de laminação de bobinas à quente, projeto que deve entrar em operação no final de 2024.

As informações são da Reuters.