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IBOVESPA E DÓLAR HOJE: Desafios de Haddad e da política na Argentina

Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta segunda-feira, 20 de novembro

- Paulo Whitaker/Reuters
- Paulo Whitaker/Reuters

Bem-vindo ao SpaceNow. De hora em hora, a SpaceMoney atualiza as principais notícias que impactam os mercados financeiros em todo o mundo.

Ibovespa e dólar hoje

Ibovespa, principal índice acionário da B3 encerrou em alta de 0,95%, aos 125.957,06 pontos, nesta segunda-feira (20). 

dólar comercial (compra) se desvalorizou 1,10%, cotado a R$ 4,85. 

Outros índices

BDRs: BDRX: +0,09%

FIIs: Ifix: +0,01%

Small caps: SMLL: +0,55%

Bolsas globais 

Ásia [Encerrados] 

Nikkei 225 (Japão): -0,59%

Shanghai Composite (China): -0,71%

Europa [Encerrados]

DAX 30 (Alemanha): -0,10%

FTSE 100 (Reino Unido): -0,11%

CAC 40 (França): +0,18%

EUA [Encerrados]

Dow Jones: +0,58%

S&P 500: +0,74%

Nasdaq: +1,13%

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) registrou alta de 2,08% em NY.

Juros futuros (DIs)

Ativo Variação (p.) Último Preço
DI1F24

-0,004

11,958

DI1F25 0,005

10,46

DI1F26 -0,05

10,145

DI1F28

0,015

10,565
DI1F30

0,03

10,85
DI1F32

0,00

10,93

Por volta de 10:40.

Commodities

Petróleo – O petróleo WTI para dezembro encerrou em alta de 2,25% a US$ 77,60 por barril, enquanto o petróleo tipo Brent para janeiro avançou 2,12%, a US$ 82,32 por barril, nesta segunda-feira (20).

Confira os principais fatores que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta segunda-feira, 20 de novembro:

Brasil

Geral – A decisão de manter o déficit zero em 2024 deve acelerar a votação das medidas econômicas no Congresso. Para além da reforma tributária, o governo aguarda a aprovação das taxações das apostas esportivas e de fundos exclusivos e offshores, regulamentação das subvenções do ICMS e a mudança no modelo do JCP.

A Fazenda espera pactuar o texto da MP da subvenção nesta semana. Também entre as prioridades de Haddad, o projeto de tributação dos fundos offshore e exclusivos tem sessão agendada para amanhã (terça-feira) na CAE do Senado.

O PL das Bets será votado amanhã na CAE do Senado e no próprio plenário. O relator Danilo Forte apresentará o texto final da LDO na noite de hoje ou amanhã.

Meta fiscal – Haddad continua brigando pelo déficit zero e fala de um jeito que parece já ter convencido Lula que um contingenciamento menor em 2024 é uma opção. Na última sexta-feira (17), ele confirmou que o corte deve ficar entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões.

Green bonds – Em declaração ao jornal o Estado de S. Paulo, Haddad disse que está nos planos do governo o lançamento de um título verde no exterior com hedge cambial. A emissão do novo título ainda não tem uma data definida, mas deve ocorrer ao longo do próximo ano.

Agenda – Saem a prévia do IPC-S na quinta-feira e a Pnad móvel trimestral até setembro na quarta. No levantamento Focus (hoje, 8h25), vale observar se o mercado fará ajuste negativo na previsão deste ano de crescimento econômico. Hoje, Haddad participa de evento sobre igualdade racial (10h) em Brasília e à tarde (14h) se reúne com a Fitch.

Argentina

Javier Milei derrotou Sérgio Massa por ampla vantagem nas eleições presidenciais do último domingo (19). O candidato peronista nem esperou o fim da apuração oficial para reconhecer a vitória de Javier Milei, que obteve 55% no pleito deste domingo. Massa alcançou 44% dos votos.

Com uma inflação anual de 143% e a pobreza que afeta 40% da população, Milei assumirá uma Argentina sob a pior conjuntura econômica nas últimas duas décadas. O país tem um acordo de crédito desde 2018 com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de US$ 44 bilhões (quase R$ 215 bilhões na cotação atual), negociado pelo então presidente Macri, e desde 2019 um sistema de controle cambial.

Além disso, enfrentará uma dívida interna de US$ 18,5 milhões. Citado pelo jornal Clarín, o professor de finanças públicas da Universidade de Buenos Aires Oscar Cetrángolo avalia que esta "é a pior herança econômica desde o regresso da democracia", há quatro décadas.

Para recuperar a terceira maior economia da América Latina, o presidente eleito propõe medidas drásticas, como a eliminação do Banco Central e a dolarização da economia. Milei propõe cortar os gastos públicos em 15%, uma promessa desafiadora. "Cortar o gasto social é complicado, porque tem impacto sobre a pobreza", alerta a economista María Laura Alzua, da Universidade de La Plata. A especialista calcula que os subsídios para os serviços de energia elétrica, gás e transportes representam 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para Milei, a Argentina deve sair do Mercosul e se alinhar cada vez mais aos Estados Unidos. 

EUA

Agenda – O Thanksgiving na quinata-feira antecipa para terça-feira a ata do Fed e para quarta-feira o índice de sentimento do consumidor em novembro. 

Europa

Zona do Euro – Vêm a ata do BCE na quinta-feira e o PPI de outubro da Alemanha (hoje, às 4h).

China

O PBOC manteve taxas de juros inalteradas, com a LPR de 1 ano em 3,45% e a LPR de 5 anos em 4,20%.