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Petrobras (PETR3)(PETR4): ministros do governo Lula articulam substituição para Prates, diz jornal

De acordo com a coluna de Malu Gaspar, o nome cogitado é de Marcus Cavalcanti, secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)

Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), vai apresentar nesta semana a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma sugestão de substituto para o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT-RN), com quem vem travando uma guerra interna no governo já há alguns meses.

Conforme apurou a coluna, o ministro disse que quer emplacar no lugar de Prates o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, que também já foi secretário de Infraestrutura da Bahia em sua gestão como governador do estado.

A iniciativa do ministro é mais um lance da disputa pelo controle dos rumos da Petrobras, que opõe Prates a Costa e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. 

Para Malu Gaspar, o fato de Costa já estar apresentando alternativas a Lula é um sinal de que ele acredita que Prates está politicamente fraco e pode acabar caindo em breve.

O próprio Prates já detectou a movimentação, tanto que vem procurando os conselheiros que representam os acionistas minoritários para tentar forjar uma aliança, na tentativa de resistir no cargo, afirmou a coluna.

A briga entre o presidente da Petrobras e os ministros de Lula tem uma faceta pública e uma de bastidores.

Na pública, Silveira vem cobrando Prates para baixar o preço dos combustíveis para acompanhar a recente queda no valor internacional do barril de petróleo e a desvalorização do dólar.

Prates, por sua vez, respondeu no final de semana pelas redes sociais que “não faz sentido agir por impulso ou açodamento” e escreveu que se o MME quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” , será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia.

Já nos bastidores, em reuniões internas e em discussões via mensagens e telefonemas, o foco da disputa é a proposta da diretoria para transição energética que faz parte do plano estratégico para os próximos cinco anos, que prevê aplicar mais de R$ 5 bilhões em energia eólica, em terra e em alto mar.

Nesse contexto será votado na próxima quinta-feira (23) o Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2024 a 2028. Para a jornalista do O Globo, do jeito que a coisa vai, mesmo que consiga aprovar o plano que pretende, o risco é Prates acabar não conseguindo acompanhar a sua execução.

As informações são do jornal O Globo.