Durante um seminário em Riade sobre oportunidades de investimento entre Brasil e Arábia Saudita, promovido pelo governo brasileiro, Wesley Batista, ex-CEO e um dos controladores da JBS (JBSS3), revelou planos de ampliar os investimentos da empresa nas operações existentes na maior economia do Oriente Médio.
O empresário destacou o interesse crescente da JBS em explorar novas possibilidades de investimento no mercado saudita. Batista mencionou: "Temos recentemente visitado o mercado e olhado com uma visão de que existem oportunidades. A cada dia nos interessamos mais em explorar a possibilidade de fazermos investimentos muito mais relevantes do que vínhamos pensando no passado".
Atualmente, a JBS já mantém uma unidade de processamento de carne de frango em Dammam, com capacidade para produzir 10 mil toneladas de produtos por ano. Além disso, a empresa está em processo de construção de uma segunda unidade em Jeddah, com um investimento de US$ 50 milhões, prevista para iniciar suas operações em 2024. Essa nova fábrica terá uma capacidade de produção de 40 mil toneladas de produtos por ano, representando um aumento significativo na estrutura produtiva da JBS no país.
Embora a preferência da JBS na Arábia Saudita seja pela carne de frango, Abdulrahman T. Bakir, diplomata e representante do ministério de Investimentos saudita, sinalizou um possível interesse por outra proteína. Ele comentou: "We really need to see more picanhas in Saudi Arabia" ("Realmente precisamos ver mais picanhas na Arábia Saudita", em tradução livre).
Além de Wesley Batista, Marcos Molina, controlador e presidente do conselho da Marfrig, também participa da missão brasileira na Arábia Saudita. A Marfrig é a maior acionista da BRF, o que reforça a presença de grandes empresários brasileiros do segmento de proteínas nessa iniciativa.