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GPA (PCAR3): mesmo à venda, grupo reforça alcance de metas e planos para recuperação

Das metas citadas, está o crescimento de vendas acima da inflação, aumento de participação de mercado e volta da lucratividade

- Divulgação
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Marcelo Pimentel, CEO do GPA (PCAR3) – dona da rede Pão de Açúcar -, reforçou a ideia de que a empresa está alcançando as metas de recuperar o negócio, como proposto ao mercado pela atual direção cerca de um ano e meio atrás, nesta quarta-feira (6), em reunião com investidores.

A companhia tem fortalecido junto a investidores e analistas, o discurso de que há uma transformação estrutural na empresa. Diante de um momento em que o controlador Casino está aberto a analisar propostas de compra da empresa, como os franceses já informaram em junho, dentro de um plano de desalavancagem do Casino.

Na última terça-feira (5), a forte alta na ação da empresa de 12% teria refletido a circulação de informações no mercado de que os controladores teriam avançado na venda do GPA, com a chegada de propostas iniciais, segundo publicação do site Valor Econômico.

Das metas citadas no evento deste quarta-feira, está o crescimento de vendas acima da inflação, aumento de participação de mercado, volta da lucratividade e de aumento de margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (EBITDA).

Pimentel disse que a companhia teve uma redução de despesas de R$ 360 milhões no ano frente ao mesmo período do ano passado, sendo R$ 130 milhões com a reorganização e redução da sede, em São Paulo, e R$ 230 milhões pela implementação do orçamento base zero.

As ações envolveram também fechamento de centros de distribuição no país por conta da integração da estrutura do on-line e do físico, o que diminui gastos com logística.

A publicação do Valor, destacou que a consultoria Falconi foi contratada neste ano para auxiliar nesse processo, de forma a acelerar o retorno da lucratividade de forma consistente no grupo — outra meta de empresa após a troca na gestão e entrada de Pimentel, em 2022.

O CEO ainda mencionou a redução de “quebra” (ou perda de produtos em lojas e centrais) em 0,8 ponto percentual da venda no terceiro trimestre versus o primeiro trimestre. “A ideia é reduzir um ponto a mais”, disse ele, sem mencionar prazos.

A meta de atingir margem EBITDA de 8% a 9% em 2024 foi reforçada pelo executivo. No GPA Brasil, a taxa foi de 7%, ao se descontar o negócio da Cnova (operação digital do Casino), e era 5,8% um ano antes.

Sobre endividamento, a relação entre dívida líquida (incluindo recebíveis) e ebitda ficou em 2,5 vezes sem incluir a entrada dos R$ 800 milhões da venda da rede colombiana Éxito para o grupo Calleja. Os recursos devem entrar nos números do próximo trimestre.

As informações são do Valor Econômico.