Por Christiana Sciaudone, da Investing.com – Parece que o Twitter só é relevante com Donald Trump no aplicativo. As ações caíram 7,5% depois que a empresa de mídia social baniu o presidente dos EUA que está deixando o cargo.
Na última sexta-feira (8), o Twitter disse que baniu permanentemente Trump de seu serviço “devido ao risco de mais incitação à violência”, cortando-o de seu maior megafone, relatou o New York Times. O Twitter disse em um post que a conta pessoal @realDonaldTrump de Trump, com mais de 88 milhões de seguidores, seria encerrada imediatamente.
"Trump tem um grande número de seguidores leais e muitos desses olhos desaparecerão se Trump for permanentemente impedido de postar", disse Andrea Cicione, chefe de estratégia da corretora TS Lombard, de acordo com a Reuters.
A empresa deve divulgar suas primeiras vendas trimestrais acima de US$ 1 bilhão quando publicar os resultados no mês que vem, de acordo com dados compilados pelo Investing.com. As ações da Twitter Inc (NYSE:TWTR); (SA:TWTR34) subiram cerca de 160% desde que Trump foi eleito em 2016.
O Facebook (NASDAQ:FB); (SA:FBOK34) emitiu uma proibição semelhante após a violência no Capitólio em 6 de janeiro. É a primeira vez que a empresa bane um chefe de estado e foi acompanhada pela suspensão de contas pertencentes a fãs virulentos de Trump, informou a Reuters.
“O fato de um CEO poder desligar o alto-falante do presidente dos Estados Unidos sem qualquer controle e equilíbrio é desconcertante”, escreveu o comissário da União Europeia Thierry Breton em uma coluna para o Politico. “Não é apenas a confirmação do poder dessas plataformas, mas também mostra profundas fragilidades na forma como nossa sociedade se organiza no espaço digital.”