Apesar de serem conhecidos principalmente por seu uso no mercado publicitário e de redes sociais, os algoritmos — que são ferramentas tecnológicas baseadas em sequências de raciocínios e operações programadas com um certo objetivo — estão presentes no nosso dia a dia mais do que imaginamos.
Até mesmo no mercado de investimentos a ferramenta é aplicada de diversas maneiras. Uma delas é a gestão de fundos quantitativos que, por meio da inteligência artificial, apostam na criação de robôs capazes de estimar preços de ativos no futuro com base em dados históricos e modelos matemáticos.
Também conhecidos como quants, os fundos são classificados como multimercados e podem ser uma boa oportunidade para o investidor diversificar seus investimentos, podendo combinar diferentes tipos de ativos, como ações e indexados a câmbio, juros e mais.
Robôs evitam fator emocional nas decisões
Um modelo matemático serve de base para que os algoritmos por trás dos quants processem um grande volume de dados do mercado. Como a estratégia de processamento é pré-definida e executada por robôs, é possível evitar que o fator emocional influencie as decisões sobre a melhor alocação de recursos.
Além disso, outra característica dos fundos quantitativos é sua capacidade de identificar rapidamente tendências nos preços dos ativos, o que maximiza o potencial de lucros. De um lado, os robôs têm capacidade de processar dados muito superior à das pessoas; de outro, podem realizar milhares de operações por segundo — em mercados de alta frequência, como os de mini-índice e mini dólar, por exemplo, isso faz toda a diferença.
Há, ainda, fundos quants que seguem uma estratégia de proteção (hedge), que visa diminuir o risco de uma carteira de investimentos. Para isso, combinam ativos descorrelacionados, isto é, que não têm a tendência de se valorizar ou desvalorizar em conjunto.