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Porto Seguro: após reunião com presidente, BTG tem visão otimista para a empresa

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Após se reunir com o presidente Bruno Garfinkel na semana passada, o BTG Pactual passou a olhar com mais otimismo para a ação da Porto Seguro (SA:PSSA3), por acreditar nos planos da companhia para 2002-25. Ainda assim, o banco mantém recomendação Neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 62. As informações são de relatório distribuído na terça-feira (19).

Na tarde desta quarta-feira (20), por volta das 16h20, a ação tinha alta de 0,24%, a R$ 49,83, após ter registrado mínima de R$ 49,39 e máxima de R$ 50,09 desde a abertura, com R$ 28,49 milhões em volume negociado. Correndo para o lado oposto, o Ibovespa caía 0,85%, aos 119.615 pontos.

Ao assumir o cargo de presidente, há 18 meses, Garfinkel recebeu a missão de repensar a alocação de ativos e a gestão de capital da Porto Seguro. A principal meta estabelecida pelo executivo, então, foi alavancar o poder da marca e acelerar o crescimento da base de clientes, hoje entre 8 e 9 milhões, dobrando-a nos próximos cinco anos.

A Porto Seguro é líder de mercado em seguros automotivos, o que torna difícil aumentar de forma tão significativa da base de clientes por meio desse segmento. Assim, a intenção da empresa é criar novos produtos dentro do portfólio auto e se fortalecer em outros segmentos.

Dentro do segmento automotivo, um dos objetivos da gestão é monetizar a estrutura de guinchos e oficinas, que hoje representa custo. Além disso, a companhia quer lançar novos produtos visando a parte do mercado que ainda não contrata nenhum seguro auto. 

Ainda que a empresa esteja presente em diversos segmentos de serviços de seguro e financeiros, essas verticais não têm grande independência em termos de métricas operacionais e canais de distribuição, o que impede o crescimento. A gestão quer, agora, melhorar esse ponto.

Outros segmentos em que a empresa aposta são saúde, outros produtos de seguros, serviços financeiros e serviços de uma maneira geral. 

No setor de saúde, considerado a principal avenida de crescimento da empresa, a gestão acredita que o aumento na importância da telemedicina causado pela pandemia de Covid-19 pode criar um novo movimento disruptivo no setor, o que representa uma oportunidade para a Porto Seguro. O BTG informa também que um spin-off é estudado para essa unidade.

Outro ponto importante mencionado pelo presidente é uma mudança nos canais de distribuição. Até hoje, o principal canal da Porto Seguro sempre foi a rede de corretores. Agora, no entanto, a ideia é que os corretores sigam sendo o principal canal para seguros automotivos e residenciais, mas que os demais produtos possam apostar em outras frentes, como parcerias com bancos e plataforma digital.

Finalmente, a reunião abordou os pontos de estratégia M&A e capital excedente. Sobre M&A, há duas estratégias: uma via o fundo de private equity, estabelecido recentemente; e a segunda via aquisições mais tradicionais. O nível de capital excedente, ponto que sempre foi uma crítica dos investidores, está sendo reduzido com distribuições extraordinárias.

Na visão do banco, os objetivos desenhados por Garfinkel são alcançáveis. O banco ressalta, no entanto, que os investidores deverão, provavelmente, esperar mais ação antes de incorporar um crescimento mais forte no valuation.