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Primeiro grande banco a divulgar dados do 4T, Itaú tem forte queda de 2,4% após balanço morno

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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As ações preferenciais do Itaú Unibanco (SA:ITUB4) desciam 2,41% após o maior banco da América Latina reportar lucro líquido recorrente de R$ 5,38 bilhões no quarto trimestre, uma queda anual de 26,1%, que os analistas avaliaram como em linha com o esperado pelo mercado.

Perto das 10h35, os papéis eram negociados a R$ 28,38, com volume de negociação de R$ 53,83 milhões. A ação acumula queda de 7,6% no mês e de 7,4% no ano.

Primeiro grande banco a publicar os resultados do quarto trimestre do ano passado, registrou resultado consolidado foi a R$ 18,5 bilhões, recuo de 34,6% em relação a 2019, impactado pelo reforço nas despesas reservadas para cobrir calotes.

Contudo, o banco mostrou aumento de 7% do lucro no quarto trimestre em comparação aos três meses anteriores, já como reflexo da reabertura gradual da economia, que permitiu uma redução dos gastos com provisões e expansão da carteira de crédito para pessoa física.

"Fomos capazes de responder aos desafios extraordinários trazidos pela pandemia, sem comprometer nosso foco em satisfação de clientes, transformação digital e eficiência", avalia o atual presidente do Itaú e futuro membro do Conselho do banco, Candido Bracher.

O lucro líquido do banco ficou em sintonia com as previsões do mercado. A média das expectativas de cinco instituições financeiras consultadas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual (SA:BPAC11), Goldman Sachs, Citi, Safra e Eleven) apontavam para um lucro de R$ 5,53 bilhões, ou 2,7% a mais.

O que dizem os analistas

Segundo a Mirae Asset, em relatório desta terça-feira (2), o resultado do Itaú ficou dentro do esperado. Os analistas aguardam a recuperação do preço do papel por conta da decisão tomada sobre a participação direta na XP.

Já a XP Investimentos reiterou a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 29, após os resultados que a corretora avaliou como em linha com as expectativas do mercado.

Segundo os analistas, o resultado foi ajudado por uma carteira de crédito maior do que o esperado e margens mais altas, enquanto a deterioração da linha de seguros e os custos acima do esperado impactaram o trimestre.

O BTG Pactual apontou que o lucro recorrente do banco permaneceu sob pressão, apesar de alguma recuperação no trimestre, e que os empréstimos tiveram bons desempenhos, sustentados pelo crédito pessoal.

O banco de investimentos manteve a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 37.

Com informações do Estadão Conteúdo