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Proteínas: BTG recomenda cautela com setor; JBS é a top pick

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Após analisar os dados do setor de proteínas em janeiro, o BTG Pactual conclui que o forte momento positivo por que o mercado passou recentemente ficou para trás e recomenda cautela em investimentos no setor. 

O top pick do banco é a JBS (SA:JBSS3), devido a seus múltiplos, que estão abaixo da média histórica. O banco destaca também o valuation abaixo da média e a perspectiva de altos dividendos da Minerva (SA:BEEF3), apesar de pontuar que a desaceleração do momento positivo pode limitar os catalisadores de uma reavaliação. A recomendação segue Neutra para BRF (SA:BRFS3) e Marfrig (SA:MRFG3).

Por volta das 13h20, o papel da JBS tinha alta de 1,16%, a R$ 24,51, enquanto BRF subia 3,18%, a R$ 21,72, e Marfrig ganhava 2,48%, a R$ 13,64. Na direção oposta, Minerva caía 0,83%, a R$ 3,59. O Ibovespa, por sua vez, operava em alta de 0,93%, aos 118.608 pontos.

Em relação ao segmento de aves, o BTG afirma que os preços mais altos (+3,4% mês a mês) não são suficientes para compensar os altos custos de alimentação dos animais (+12%). O banco destaca ainda os spreads, que ficaram 37% abaixo da média, com queda mensal de 4%. 

Outros pontos citados foram os volumes, que caíram 3% ano a ano, e as vendas, que cresceram 16%. “Até que possamos ver sinais mais claros de um ambiente mais equilibrado, permanecemos cautelosos com a indústria de aves”, aponta o banco.

A indústria de carne bovina também vê seus spreads em queda, 11% abaixo da média histórica, devido ao aumento nos preços do gado. A alta nos volumes, que cresceram 1% ano a ano, segue refletindo a alta demanda e a baixa oferta no Brasil. O banco destaca também as vendas em real, que subiram 21% na comparação anual, graças ao câmbio. 

Finalmente, em relação à carne suína, o BTG destaca a boa performance, com crescimento de 4% ano a ano nos volumes de exportação e de 28% nos preços em real. Porém, também aqui os spreads contraíram, alcançando um nível 31% abaixo da média, devido aos maiores custos de alimentação.