Em relatório divulgado nesta quinta-feira (4), o banco BTG Pactual afirma que o acordo, anunciado hoje, entre Vale e o governo de Minas Gerais, que prevê uma indenização de mais de R$ 37 bilhões a ser paga pela mineradora por causa do desastre ambiental em Brumadinho, não deve afetar significativamente a distribuição de dividendos da companhia em 2021.
O BTG mantém, portanto, sua estimativa de pagamento de US$ 10 bilhões em dividendos pela Vale em 2021 – o que corresponderia a um dividend yield de 11% –, apesar do ônus de aproximadamente R$ 20 bilhões no Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) do quarto trimestre de 2020 da empresa em decorrência da provisão de recursos para o acordo de Brumadinho.
Segundo cálculo do BTG, os dividendos mínimos esperados para o dia 21 de abril devem ficar em torno de US$ 2,9 bilhões – ou 3,2% de dividend yield semestral. O documento aponta que isso representaria redução de 1,3% em relação ao dividend yield mínimo semestral de 4,5% previsto antes do acordo. Mas o banco enxerga “espaço de manobra” para que a Vale compense essa queda com dividendos extraordinários.
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