Recomendação

Vale: Resultados operacionais do 4º tri animam analistas; recomendam Compra

- Divulgação
- Divulgação

Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A Vale publicou seu relatório operacional do quarto trimestre, que confirmou as expectativas positivas que os analistas tinham sobre a companhia. Entre os dados, destacaram-se a produção e as vendas de minério de ferro. 

Após a divulgação dos resultados, e observando que as ações estão baratas sob qualquer métrica, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de Compra: “Recomendamos que os investidores aumentem suas posições em Vale.” O banco fixou preço-alvo de US$ 21 para a ADR da empresa.

A Mirae Asset e a XP Investimentos também recomendam Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 111 e R$ 122 para VALE3, respectivamente.

Por volta das 17h15, VALE3 tinha queda de 0,19%, a R$ 90,26, na esteira de 0,17% de queda do Ibovespa, que negociava aos 119.525 pontos. A ADR VALE também caía, com baixa de 1,66%, a US$ 16,61, enquanto o índice NYSE Composite, em que o papel é negociado, subia 0,78%, a 14.954,18.

As vendas de minério de ferro alcançaram 91,3 milhões de toneladas, alta de 23% na comparação trimestral e de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número também veio acima das projeções do BTG e da XP. No período, a Vale retomou as operações nas minas Serra Leste e Fábrica, mas o aumento da produção propiciado por isso foi parcialmente compensado pelo forte volume de chuva.

Para 2021, a Vale manteve seu guidance de volume de vendas entre 315 e 335 milhões de toneladas. A XP e o BTG Pactual projeta 320 milhões de toneladas e acreditam que os números apresentados até agora sugerem ser possível alcançar essa meta. A companhia reiterou que o incêndio em Ponta da Madeira não deve impactar os volumes.

Os números de metais base e carvão também agradaram. As vendas de níquel subiram 20% e as de cobre, 9%, o que, na visão do BTG, também deve sustentar os lucros no curto prazo. As vendas de carvão, por sua vez, tiveram alta de 12% trimestre a trimestre. As vendas mais fortes, para a XP, são resultado de melhores condições de mercado.

Depois da divulgação dos números, principalmente das vendas de minério de ferro, o BTG Pactual passou a ver risco de upside para o Ebitda que havia projetado para o trimestre. O banco agora vê a possibilidade de o indicador alcançar US$ 9 bilhões, contra os US$ 8,5 bilhões previstos anteriormente.

Também sobre o Ebitda, a XP estima que, para cada aumento de US$ 10/t no preço do minério de ferro, o Ebitda da Vale deve aumentar em cerca de US$ 3 bilhões.

O banco acredita que três pilares sustentarão a diminuição da percepção de risco sobre as ações daqui para frente: os retornos, com fortes projeções de dividendos; a recuperação gradual nos volumes e diminuição dos custos; e uma melhoria na percepção de ESG. A XP também espera fortes dividendos para 2021.

Empiricus: Analista Criminal revela como adquirir imóveis por uma fração do valor