Balanços 4T20

BB Seguridade: Resultados negativos em linha com o esperado, guidance anima

- Divulgação/BB
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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – A BB Seguridade (SA:BBSE3) reportou números negativos para o quarto trimestre, mas em linha com as expectativas do mercado, que se animou pelo guidance apresentado pela companhia. 

Após a divulgação do balanço, a BB Seguridade recebeu recomendação de Compra do Goldman Sachs, da XP Investimentos e da Mirae Asset. O preço-alvo médio é de R$ 34,14.

Ao final da sessão, o papel teve queda de 1,51%, a R$ 28,09, com máxima de R$ 29 e mínima de R$ 27,95 ao longo do dia. Na mesma direção, o Ibovespa caiu 0,45%, aos 119.696 pontos.

As justificativas do Goldman para a visão positiva sobre a companhia são os benefícios de diversificação do negócio, os baixos dividendos e o valuation atrativo. A XP menciona ainda uma expectativa de risco-retorno favorável e de alta rentabilidade. A Mirae também aposta em recuperação em 2021.

Na visão da Guide Investimentos, o impacto dos resultados apresentados é neutro. “A companhia foi bastante prejudicada pela chegada da pandemia de Covid-19, ao longo de 2020. (…) Por outro lado, a companhia conseguiu aproveitar oportunidades e aumentar os prêmios emitidos, volume de contribuições e índice de resgates”, disse a corretora.

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O lucro recorrente de R$ 917 milhões apresentado pela companhia representa queda trimestral de 16% e queda de 21% na comparação anual, o que ficou 8% abaixo da estimativa do consenso e 6% abaixo das projeções do Goldman Sachs.

O principal responsável pelo resultado negativo do trimestre foi a perda da Brasilprev. Além disso, o baixo lucro da Brasilcap também pesou sobre o resultado da companhia. A BB Corretora também foi impactada.

A Brasilseg, por outro lado, manteve seus fundamentos sólidos e compensou parcialmente as perdas das outras verticais, com uma forte evolução do prêmio e uma melhor taxa combinada. 

Para além do resultado, a companhia ofereceu um guidance positivo para 2021, em que prevê melhora entre 8% e 13% no resultado operacional, puxado sobretudo pelo aumento de prêmios e por um possível aumento na taxa Selic, o que deve aumentar a rentabilidade da seguradora, segundo a XP.

Os principais riscos para a ação, segundo o Goldman Sachs, são a uma intervenção governamental das operações corporativas, pois a empresa é controlada pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3); taxas de dividendos mais baixas se a companhia decidir preservar capital; e a potencial renegociação do contrato da BB Corretora com o Banco do Brasil antes de 2033 sob condições menos favoráveis.

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