Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A Aeris segue otimista com o cenário para a energia eólica no Brasil, independentemente de subsídios dentro da cadeia, e enxerga um potencial impacto positivo na demanda entre 2022 ou 2023 com a aprovação do pacote de ajuda trilionária do governo Biden, nos EUA, disseram executivos da empresa durante a teleconferência de resultados desta quarta-feira (10).
Segundo o presidente da companhia, Alexandre Negrão, a nova política renovável abraçada pelo governo do democrata americano deve demorar para repercutir diretamente na companhia, mas pode se refletir em maior demanda para o parque eólico no longo prazo.
“O setor eólico vai crescer significativamente nos próximos dez anos, apesar de as políticas não terem um impacto de curto prazo na nossa demanda. Houve um incremento na base global de países comprometidos com a luta contra o aquecimento global e as fontes renováveis são as mais baratas e as mais rápidas de serem aplicadas”, disse.
Segundo o executivo, a expectativa para 2021 para a Aeris é o amadurecimento das linhas instaladas em 2020, cuja implementação acabou por pressionar a margem EBITDA para 7% no quarto trimestre, uma queda de 14 pontos percentuais na base anual.
Bruno Lolli, diretor de Planejamento da empresa, explicou que a descontinuação de cinco linhas de produção madura, que contribuíram para esse resultado aquém do esperado pelo mercado, já estava prevista desde o início do processo de oferta inicial de ações para a preparação da instalação de novas linhas nos mesmos espaços.
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Segundo ele, o crescimento da empresa implica em margens pressionadas por três a quatro trimestres e, quando normalizadas sob o mesmo cenário, devem figurar entre 12% e 15%.
Os executivos apontaram ainda que o fornecimento de materiais foi normalizado após alguns trimestres afetados pela pandemia de Covid-19.
Veja os resultados do 4T da Aeris
A fabricante de pás eólicas apresentou resultados mais fracos que o esperado para o quarto trimestre, com lucro líquido de R$ 15,629 milhões, queda de 61,2% na base anual.
Segundo a XP, o lucro líquido da companhia foi pressionado por níveis de eficiência abaixo do ideal, devido a linhas de produção recém-implementadas e a descontinuidade de cinco linhas maduras, e perdas cambiais não recorrentes.
No acumulado do ano, o lucro líquido aumentou 27,6%, para R$ 113,2 milhões.
O Ebitda caiu 33,8% em base anual de comparação com o quarto trimestre de 2019, para R$ 45,475 milhões. Considerando os 12 meses de 2020, o Ebitda ficou em R$ 243,2 milhões, alta de 45,4%.
Ainda assim, os analistas da corretora reiteraram a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 15, com visão de longo prazo positiva para ação, apoiada por sólidas expectativas de crescimento à medida que a energia eólica continue ganhando relevância na matriz energética global.
Perto das 14h10, os papéis caíam 7,08%, a R$ 11,01. A ação acumula alta de 3% nos últimos trinta dias.
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