Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Levando em consideração a recente alta nos preços das commodities, o acordo com a Terra Santa e a posição da companhia como líder do setor, o BTG Pactual elevou seu preço-alvo para SLC Agrícola (SA:SLCE3) para R$ 51, mantendo recomendação de compra e posição de top pick no agronegócio.
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A ação fechou as negociações de segunda-feira (8) estável, a R$ 38,90, apesar da queda do Ibovespa, que terminou o dia em baixa de 0,45%, aos 119.693 pontos. Desde a abertura, o papel registrou R$ 39,68 na máxima e R$ 37,01 na mínima, com R$ 2,104 milhões em volume negociado.
Na visão do BTG (SA:BPAC11), a SLC é “uma das poucas e melhores maneiras de jogar o recente boom nos preços das commodities”. O banco aponta também a fraqueza do real como um fator que beneficia a companhia.
Além da alta das commodities, o recente acordo para aquisição da Terra Santa também deve gerar muito valor para a companhia, a partir da incorporação de 130 mil hectares de terra. A estimativa do banco é que o acordo adicione cerca de R$ 5 por ação no valor da SLC, e faça dela o maior player de grãos e algodão do Brasil.
Em sua análise, o BTG destacou ainda o business model da SLC, que busca ser um produtor de baixo custo de soja, algodão e milho por meio da adoção de tecnologia em larga escala.
Também nesse sentido, o banco diz que “uma das maiores conquistas da mudança estratégica da SLC a partir de 2017 foi a decisão de reduzir seu ritmo de crescimento para focar em maior rendimento, com áreas mais maduras que requerem menos capital e oferecem menos volatilidade de rendimentos”.
O resultado desse posicionamento tem sido, na análise do banco, margens mais altas e um maior potencial de fluxo de caixa livre. Além disso, a companhia tem um histórico favorável de distribuição de dividendos, que deve se manter.
Por tudo isso, o banco elevou suas estimativas de Ebitda para 2021 e 2022 em 23% e 59%, para R$ 1,2 bilhão e R$ 1,7 bilhão, respectivamente.