A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o Banco Central, associações, empresas e as polícias Civil e Federal estão divulgando, até a próxima sexta-feira (26), dicas de como se prevenir dos principais golpes que envolvem o Pix, o novo sistema de pagamento instantâneo. As orientações fazem parte da Semana de Segurança Digital.
Segundo a federação, as tentativas de golpe registradas e relatadas por instituições financeiras foram identificadas como ataques de phishing, crime que consiste em enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais, como senhas e números de cartões.
Veja a seguir os principais golpes, segundo a Febraban, envolvendo o Pix e saiba como se prevenir deles.
Clonagem do Whatsapp
Os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. A partir disso, eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.
Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. Com isso, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.
A dica nesse caso é realizar uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado, habilitando, no aplicativo, a opção "Verificação em duas etapas". Para isso, vá ao menu do aplicativo “Configurações/Ajustes”, depois “Conta” e, por último, “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitada em links recebidos.
Falso funcionário de banco e falsas centrais telefônicas
Nesse golpe, o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou ainda diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar seu cadastro, e o induz a fazer uma transferência bancária.
Lembre-se: os dados pessoais dos clientes jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos.
Golpe do bug do Pix
Já nessa fraude, mensagens e vídeos disseminados pelas redes sociais por bandidos afirmam que, graças a um "bug" (falha que ocorre ao executar algum sistema eletrônico) no Pix, é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Entretanto, ao fazer este processo, o cliente está enviando dinheiro para golpistas.
Os canais oficiais do Banco Central já alertaram que não há qualquer "bug" no Pix. Além disso, a Febraban ressalta que o cliente sempre deve desconfiar de mensagens que prometem dinheiro fácil e que chegam pelas redes sociais ou e-mail.
Sobre o Pix
Assim como em qualquer transação financeira, na hora de realizar um Pix, os cuidados devem ser adotados ao máximo. Dessa forma, sempre cheque os dados do recebedor da transação Pix, seja para uma pessoa ou um estabelecimento comercial.
Além disso, é importante lembrar que o cadastramento das chaves Pix deve ser feito diretamente nos canais oficiais das instituições financeiras, como o aplicativo bancário, internet banking, agências ou através de contato feito pelo cliente à central de atendimento.