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Fusão da Hapvida, Intermédica cria gigante da saúde; veja o que dizem os analistas

- Thirdman/Pexels
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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A XP Investimentos iniciou a cobertura das operadoras de planos de saúde Hapvida (SA:HAPV3) e NotreDame Intermédica com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 21 e R$ 117, respectivamente, após a conclusão da fusão entre as duas companhias.

Segundo os analistas, separadamente, as empresas já estariam bem posicionadas para capturar uma oportunidade de crescimento orgânico, mas juntas elas “criam uma rede complementar única”, de abrangência nacional, com espaço adicional para uma consolidação inorgânica e sinergias relevantes, com impacto estimado de até R$1,1 bilhão.

Eles disseram ainda preferir ambas as operadoras verticalizadas em detrimento da Rede D’Or, mas que também aguardam a aprovação da transação pelos acionistas, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica para analisar os efeitos gerais da fusão no mercado e o impacto em cada empresa.

A XP aponta ainda que com maior eficiência e menores preços, a Hapvida e a Intermédica irão continuar a ganhar participação do mercado, sendo uma melhor opção em relação a planos mais caros do lado corporativo e um “upgrade” em relação ao SUS para os planos individuais.

Já os analistas do Goldman Sachs escrevem em relatório que a transação, se concluída, irá criar uma companhia que deve liderar o processo de consolidação do setor de saúde no Brasil, com base na estratégia da Hapvida de continuar a busca por crescimento orgânico e inorgânico.

O BTG Pactual (SA:BPAC11) celebrou a construção da governança da nova empresa, que terá dois CEOs e um conselho de administração com indicações de ambas as companhias.

Para os analistas do banco de investimentos, a fusão deve levar uma liderança de mercado de 18%, e não deve ter problemas na aprovação pelo Cade. Eles mantiveram a recomendação de Compra para ambos os papéis, com estratégia de longo prazo considerando, principalmente, o potencial de novas sinergias.