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7 fundos de investimento para investir em games, criptomoedas, ESG e mais

Já ouviu falar dos fundos "single themes" ou temáticos?

- Worldspectrum/Pexels
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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os fundos de investimento têm conquistado espaço relevante na carteira de quem deu os primeiros passos há pouco tempo no mercado. Isso porque eles oferecem, geralmente, bons retornos e segurança na hora de investir, além de terceirizar a gestão do portfólio nas mãos de profissionais habilitados para isso.

No entanto, é a sopa de letrinhas, que vem junto da maioria dos nomes e servem para categorizar cada tipo de fundo, que acaba afastando alguns investidores mais iniciantes por conta da dificuldade de compreensão da estratégia de cada um.

Foi pensando nisso que algumas das maiores gestoras e corretoras do Brasil começaram a apostar em uma solução simples, mas eficaz, para facilitar o entendimento dos clientes e democratizar ainda mais esse acesso: os fundos de investimentos temáticos, cujo portfólio é centrado em uma categoria específica de ativos que, na maioria das vezes, já fica clara no próprio nome.

É o caso do Trend eSports, da XP Investimentos, lançado no início de abril com foco em empresas internacionais da indústria de videogames. O fundo visa replicar o ETF HERO), que investe nas principais companhias do setor e de campeonatos online. Nos últimos 12 meses, o ETF rendeu 96%.

Fabiano Cinta, especialista de fundos da XP, aponta, em conversa com o Investing.com, que tem crescido a procura por fundos “single themes”, já que, além da identificação imediata com o portfólio, “eles dão a oportunidade ao investidor de ter exposição a tendências globais”.

Exemplo disso são fundos, dentre os 22,8 mil registrados no Brasil, com foco em lideranças femininas, criptomoedas, ESG, metais, ações no exterior e várias outras temáticas específicas, que facilitam a vida do investidor na hora de escolher e ainda o colocam posicionados nos principais temas mundiais.

Conheça outros fundos temáticos para você saber no que está investindo:

XP Trend Bolsa Chinesa

O mercado internacional é uma terra fértil para fundos temáticos, aponta Cinta, e um dos portfólios adotados pela XP é o Trend Bolsa Chinesa, fundo destinado a investidores em geral, com aplicação mínima de R$ 100.

O fundo oferece exposição ao mercado de ações da China, seguindo o índice MSCI China, e dá acesso a uma das maiores e mais importantes economias globais. Tem exposição ao iShares MSCI China ETF (NASDAQ:MCHI) a partir de operações com derivativos e não tem exposição cambial ao dólar.

Warren Green e Warren Equals

Já para quem quer investir em ESG, a sigla que marcou presença no mercado nos últimos anos, a Warren Asset Management, da corretora Warren, tem dois fundos que falam essa língua.

O primeiro, o Warren Green, reúne empresas nacionais e internacionais, reconhecidas por boas práticas sociais, ambientais e de governança. O fundo é dividido em 70% em ações brasileiras, como Natura (SA:NTCO3), Lojas Renner (SA:LREN3) e Lojas Americanas (SA:LAME4), 20% em ações e ETFs do exterior, como Beyond Meat (NASDAQ:BYND), e 10% em BDRs, como o da Tesla (SA:TSLA34).

Já o Warren Equals foca mais nas letras “S” e “G” da sigla – social e governança. Reúne empresas com políticas de equidade de gênero, além das que tenham mulheres em cargos de liderança.

Esse portfólio contempla 80% de empresas brasileiras e 20% de empresas estrangeiras, incluindo Ambev (SA:ABEV3), Adobe (SA:ADBE34), Eletrobras (SA:ELET3), GM (SA:GMCO34), Magazine Luiza (SA:MGLU3), Natura, Nvidia (SA:NVDC34), Novartis (SA:N1VS34) e Yum China (NYSE:YUMC).

Ambos os fundos estão disponíveis somente para clientes da Warren e têm taxa de corretagem e taxa de administração únicas, que variam entre 0,5% e 0,7%.

Vitreo CriptoMetals Blend e Vitreo Bitcoin DeFi

E para quem tem interesse em investir em criptomoedas, mas não sabe por onde começar, a Vitreo tem quatro opções de fundos de investimento na área, um deles lançado nesta última semana para qualquer investidor.

O fundo de investimento Bitcoin DeFi é formado 20% por fundos DeFi, ou finanças descentralizadas, um dos segmentos que mais cresce entre os criptoativos, de ativos que não dependem de intermediários financeiros centrais. Os outros 80% são investimentos em Bitcoin através dos ETFs recentemente listados na B3 (SA:B3SA3), como o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, ou HASH11.

O outro fundo aberto a qualquer investidor é o CriptoMetals Blend, com 20% no fundo CriptoMoedas, também da Vitreo, mais 70% em ouro, 9% em prata e 1% em urânio.

O aporte mínimo em ambos os fundos é de R$ 1.000, com taxa de administração de R$ 0,34% e 0,42%, respectivamente.

Já os fundos CriptoMoedas e Cripto DeFi são voltados para investidores qualificados, ou com mais de R$ 1 milhão investidos. Ambos têm uma taxa de administração de 1,5%, com investimentos iniciais de R$ 1.000 e R$ 5.000, respectivamente.

Órama Ouro

E falando em metais, há fundos de investimento dedicados somente a uma ou mais commodities metálicas. É o caso do Órama Ouro, da Órama Gestão de Recursos, que acompanha a variação do preço do ouro na B3, que, por sua vez, acompanha o preço dolarizado no mercado internacional.

Shanoa Pereira, head comercial da Órama, aponta que a principal recomendação do investimento é para investidores que tenham carteiras bastante amplas, com renda variável, ou com fortunas e estejam buscando diversificação e proteção para o patrimônio em momentos de crise.

“O ouro é um ativo que funciona como hedge, ou seja, proteção. Quando o nível de incerteza sobre as economias ao redor do globo é muito alto, os ativos financeiros tendem a se desvalorizar como um todo, pois a aversão pelo risco aumenta e os investidores têm preferência por ativos reais, como o ouro”, aponta.

A taxa de administração do Órama Ouro é de 0,6%, sem aplicação mínima.