Por Fernando Miranda*
Falar que os tempos atuais são incertos é chover no molhado. É preciso, sim, cada vez mais inovar e ter resiliência nos tempos de crise. Afinal, é das adversidades que surgem também as oportunidades de boas soluções.
O ano passado e este – não se sabe o que ainda está por vir – abalaram todos os setores e a economia como um todo, em especial as pequenas empresas, independentemente do ramo de atuação. Mas, como iríamos prever isso?
Para falar dessas imprevisibilidades, vou usar como metáfora o livro Cisne Negro do autor Nassim Nicholas Taleb. A história gira em torno das questões de percepção causadas nas pessoas justamente a partir do acontecimento de fatos aleatórios, inesperados, como a pandemia do coronavírus e o isolamento social que estamos enfrentando. É justamente esse o mote do livro.
Na trama, antes da descoberta da Austrália, acreditava-se que todos os cisnes eram brancos, uma vez que nunca alguém tinha visto um cisne negro. Porém, eles existiam. As aves da cor preta eram um evento raro, impactante, não previsível até então.
Um evento “cisne negro” significa que foi algo extremamente impactante que pegou a todos de surpresa. Para qualificar um acontecimento desses é necessário que ele tenha três características: imprevisibilidade, alto impacto e facilidade de analisar em retrospectiva (depois do fato ocorrido, ele parece se tornar previsível; aquilo se torna óbvio).
Por isso é importante tentar se prevenir como for possível. Um exemplo disso são as pessoas terem algum tipo de reserva financeira para tais eventualidades, ou ainda o empreendedor, em especial o pequeno e médio, onde o fluxo de caixa é menor, ter uma reserva de emergência para situações assim. Nesse caso, seria um antídoto para a situação.
Pode-se dizer que a internet tenha sido um evento desse porte. Quem diria que compraríamos móveis e calçados e receberíamos em casa, sem experimentar os produtos? Ou ainda o Airbnb, onde você anuncia uma vaga para hospedar um desconhecido dentro da sua casa. Apesar de muitos terem duvidado dessas práticas, hoje elas são comuns e resolveram problemas que nem sabíamos que existiam. Está aí a análise em retrospectiva que comentei acima.
E como minimizar os conflitos trazidos por esses acontecimentos? Acredito que com a informação seja o maior combustível. Quanto menos se sabe a respeito de determinado assunto, maior a surpresa, quanto mais informação, menor o choque.
Voltando às questões das pequenas empresas e como contornar os imprevistos, vale conhecer formas não tão óbvias de gerar capital de giro e fluxo de caixa, tais como o home equity, mais conhecido como Crédito com Garantia de Imóvel, que cada vez mais está se tornando uma solução para os imprevistos, além de possibilitar que as pessoas por meio dele possam ter dinheiro em caixa e desfrutar de oportunidades com menores riscos.
Analisando pela retrospectiva, os consumidores têm mais conhecimento desse tipo de produto hoje, estão mais familiarizados com os processos online. Além disso, as taxas de juros são menores (em torno de 0,79% ao mês) e você pode usar o dinheiro como quiser, sem ter o capital atrelado a usos específicos.
O home equity é hoje uma maneira versátil, segura e rápida de se conseguir levantar valores em tempos de incertezas como estes. Você consegue o crédito necessário (sem deixar de utilizar seu imóvel como quiser) com prazos longos e flexibilidade para pagar, podendo ajustar o valor da parcela conforme necessário, algumas empresas oferecem carência de até 6 meses para começar a pagar, e você ainda pode escolher um mês do ano sem parcela, sempre podendo renegociar dívidas e sem precisar mexer em poupança ou reservas de emergência.
Iniciativas como essas nos tornam mais otimistas, ainda mais quando se diz respeito a pequenas empresas, e com esperança de que dias melhores virão – mesmo que não seja possível prever quando.
*Fernando Miranda é Coordenador de Branding e Conteúdo da Pontte.