Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As ações da Braskem (SA:BRKM5) caíam 3,67% nesta quinta-feira (6) após a companhia reverter o prejuízo de R$ 3,649 bilhões do primeiro trimestre de 2020 em lucro líquido de R$ 2,494 bilhões entre janeiro e março deste ano.
Perto das 12h20, os papéis eram negociados a R$ 50,24.
Para os analistas do Safra, os resultados da Braskem foram beneficiados por melhores spreads petroquímicos em todas as regiões, com o EBITDA ajustado de R$ 6,94 bilhões refletindo maiores spreads em todos os segmentos e maiores volumes nos EUA e Europa.
Segundo eles, olhando para o futuro, a Braskem pode se beneficiar de ventos favoráveis em todos os segmentos, dada a forte demanda contínua e ambiente positivo para spreads petroquímicos.
Eles mantiveram a recomendação Neutra e colocaram o preço-alvo sob revisão.
Mirae Asset
Já os analistas da Mirae apontaram que, como esperado, a companhia entregou um forte resultado, acima das expectativas, com aumento na demanda “que só não foi maior” devido à restrição de insumos que impacta diversos setores por conta da forte demanda global por diversos produtos.
Eles esperam uma continuidade de preços e de spreads elevados e de forte demanda global e interna pelos produtos da companhia, mantendo a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 60.
BTG Pactual (SA:BPAC11)
Os analistas do BTG Pactual, por sua vez, observam que os spreads geraram o maior EBITDA de todos os tempos, mesmo após a companhia postar resultados operacionais mais fracos.
Eles apontaram que a “impressionante” redução da alavancagem na base trimestral 1,1x para 1,9x a dívida líquida sob o EBITDA reforça a visão de que a Braskem deve ser capaz de se desalavancar rapidamente durante 2021, podendo desencadear uma reavaliação das ações nos próximos meses.
Os analistas reiteraram Compra para os papéis, apesar de um forte desempenho das ações no acumulado do ano. O preço-alvo ficou em R$ 63.