![- -](https://www.spacemoney.com.br/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=904&height=508&format=.jpg&quality=91&imagick=uploads.spacemoney.com.br/2024/04/csb-eletrobras-privatizaccca7acc83o1-e1532399711829-768x432-1.jpg)
Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A MP da privatização da Eletrobras (SA:ELET3) pode ser votada hoje na Câmara. Uma nova repressão chinesa faz as criptomoedas despencarem. O Federal Reserve divulga a ata da última reunião de política monetária. Os dados de inflação de todo o mundo mostram uma aceleração dos ganhos de preços.
Target , TJX e Lowe's lançam mais luz sobre a força do varejo doméstico, enquanto os preços do petróleo despencam com relatórios de progresso nas tentativas do Irã de suspender as sanções.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quarta-feira, 19 de maio.
1. MP da Eletrobras na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), justificou a pressa em votar a Medida Provisória (MP) 1031/21, que trata da privatização da Eletrobras, com o argumento de que há um acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de encaminhar para a Casa as MPs editadas após o mês de fevereiro, até 30 dias antes final do prazo de validade da proposta.
O relator da medida provisória de privatização da Eletrobras na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), disse que suas propostas de mudança ao texto, apresentadas nesta terça-feira, foram definidas "99% em comum acordo" com o governo do presidente Jair Bolsonaro, após longas negociações.
O relatório do parlamentar define que a desestatização estaria sujeita à contratação prévia pelo governo de novas usinas termelétricas, o que não estava previsto expressamente em uma versão preliminar divulgada anteriormente.
O EWZ, o principal ETF brasileiro negociado no exterior, caía 1,11% no pré-mercado em Nova York, em linha com a queda das principais bolsas globais dominadas pelo sentimento de aversão ao risco.
2. Repressão chinesa trava criptomoedas
Em um movimento coordenado, as principais associações financeiras da China emitiram novas diretrizes para seus membros não oferecerem serviços de moedas digitais, incluindo acesso a bolsas, compensação e liquidação. Eles também pediram um melhor monitoramento dos fluxos de dinheiro suspeitos de estarem ligados ao comércio de criptomoedas.
Os anúncios derrubaram as criptomoedas, com o Bitcoin caindo abaixo de US$ 40.000, com queda de 16,14% a US$ 38.034 às 08h50. O maior ativo digital está abaixo de 35% de seu pico. O Dogecoin e o Ethereum não ficaram isentos da liquidação, com perdas respectivas de 24,69% e 28,35%.
3. Ata do Fed e inflação
As ações americanas devem abrir em queda novamente, afetadas pela nova venda de criptomoedas e o novo aumento nos rendimentos dos títulos dos EUA.
A popularidade crescente das moedas digitais entre os investidores de varejo – o universo das criptomoedas tinha uma capitalização de mercado de mais de US$ 2 trilhões no início da semana – aumenta o risco de venda forçada e a aversão ao risco em relação a outras classes de ativos.
Às 8h54, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíam 0,85%, 1,03% e 1,53%, respectivamente.
O Federal Reserve publica a ata da última reunião de política monetária, de abril, às 15h.
4. Ganhos no varejo esclarecerem o poder de precificação das redes
A fonte da última onda de nervosismo inflacionário na terça-feira foram os fortes ganhos das varejistas Walmart (SA:WALM34) (NYSE:WMT) e Home Depot (SA:HOME34)(NYSE:HD), que sugerem não terem tido dificuldades em repassar preços mais elevados aos clientes.
Isso coloca os holofotes nos ganhos de varejistas rivais mais tarde: Target (SA:TGTB34) (NYSE:TGT), TJX (NYSE:TJX) e Lowe's divulgam seus resultados antes da abertura e todos devem ter aproveitado a mesma elevação dos estímulos e o relaxamento gradual das regras sobre a abertura de lojas. L Brands (NYSE:LB) (SA:LBRN34), a proprietária da Victoria’s Secret, relata após o fechamento.
5. Petróleo cai após relatório de progresso nas negociações do Irã
Os preços do Brent e do WTI caíram drasticamente à medida que os mercados de risco foram reforçados por relatos de que o Irã e seus parceiros de negociação haviam feito um progresso significativo para restabelecer o acordo da ONU sobre as atividades nucleares, algo que iria de mãos dadas com o levantamento das sanções dos EUA.
O diplomata russo que foi a fonte dessa história posteriormente voltou atrás em seus comentários, mas eles já haviam redirecionado a atenção para o aumento constante das exportações de petróleo iraniano neste ano, mesmo sem um acordo formal.
Às 08h56, o contrato futuro do petróleo WTI, negociado em Nova York, caía 2,12% a US$ 64,11 o barril, enquanto o Brent, cotado em Londres e preço de referência mundial, recuava 2,04% a US$ 67,31.