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BTG reitera orientação de compra das ações da Eletrobras (ELET6), que está à espera da privatização

Banco lista desafios, mas mantém otimismo mediante andamento da desestatização da companhia

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Em relatório enviado nesta quarta-feira (19), analistas do BTG Pactual mantiveram recomendação de Compra das ações da Eletrobras (ELET6) no preço-alvo de R$ 63,00.

O banco lista desafios, mas mantém otimismo mediante andamento da privatização da companhia. Ontem (18), Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da Medida Provisória 1.031/2021 apresentou parecer favorável a desestatização.

Impasses da MP

"Houve especulação significativa sobre quais outros itens ainda poderiam ser incluídos ou removidos do relatório. E, se alguns desses itens realmente tivessem sido aceitos, acreditamos que todo o processo de privatização poderia ter desmoronado. Felizmente, o relatório divulgado hoje manteve a maior parte da estrutura original da MP, que deverá ser votada (e aprovada) pela Câmara dos Deputados", diz o BTG.

Entre as controvérsias, analistas relembram a conversão dos empréstimos compulsórios em ações da ELET (que utilizava a cotação anterior à publicação da MP), a transferência dos recebíveis da RBSE (que atualmente representam quase 40% da capitalização de mercado da empresa) para a nova estatal a ser criada para abrigar Itaipu e Eletronuclear e a permissão para que a ANEEL interfira nas vendas de energia de empresas.

"Se esses itens tivessem escorregado, qualquer tentativa de prosseguir com o processo de capitalização seria estrangulada", afirmam.

Mudanças no texto original não trarão impacto direto

O BTG avalia que mudanças trazidas ao texto não trarão impacto direto nem afetam a postura positiva do banco em relação a privatização.

São elas: 

* A renovação das usinas hidrelétricas Tucuruí e Mascarenhas sob o regime de cotas; 

* A permissão de que funcionários adquiram ações na capitalização a preços pré-MP; 

* A potencial renovação dos contratos do Proinfa, mas com o preço em queda para o mesmo nível do leilão A-6 2019 e com reajustes anuais de inflação do IPCA (ao invés do IGPM);

* A manutenção de R$ 8,75 bilhões destinados aos fundos regionais ao longo de 10 anos;

* Usar os fluxos de caixa de Itaipu pós-2023 para financiar programas governamentais e reduzir as tarifas;

* Ter todos os recursos alocados no fundo CDE para redução de tarifas exclusivamente para clientes do mercado regulado.