Nesta terça-feira (8), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou os resultados do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, que registrou queda de 5,4% em abril na comparação com o mês de março deste ano.
Enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional recuou 2% em abril, a importação de bens industriais apresentou uma queda de 10,6%, no mesmo período, após registrar alta de 10% no mês anterior.
Na comparação com abril de 2020, o indicador que mede a demanda interna por bens industriais – por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações – registrou alta de 28,9%.
Por sua vez, o trimestre móvel apresentou alta de 15,6% em relação ao mesmo período de 2020. Enquanto a variação acumulada em doze meses apontou variação nula, a produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou um crescimento de 1,1%.
Entre as grandes categorias econômicas, o fraco resultado registrado em abril, em relação a março, foi disseminado e todos os segmentos tiveram queda na margem, com exceção de bens de consumo duráveis, que registrou alta de 6%.
O destaque negativo ficou por conta do recuo de 33,5% para o segmento de bens de capital, um dos componentes do investimento. Este resultado se explica pela alta base de comparação no período anterior, que foi inflado pela importação de plataformas de petróleo associadas ao regime aduaneiro Repetro.
Já na comparação com abril de 2020, todos os setores registraram alta, com o destaque novamente para bens de consumo duráveis, com alta de 175,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação também retraiu, com queda de 5,6% sobre março.
A indústria extrativa mineral, por sua vez, apresentou crescimento de 7,1%, compensando a queda de 6,4% no período anterior.
A análise setorial indica que oito dos 22 segmentos observados avançaram, mantendo o índice de difusão, que compara o crescimento dos segmentos da indústria de transformação com o período anterior após o ajuste sazonal, em 36%. O destaque ficou para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 3% e 2,8%, respectivamente.
Na comparação interanual dos setores, 21 segmentos registraram crescimento, com destaque para os segmentos de veículos e outros equipamentos de transporte que, muito afetados pela pandemia em abril de 2020, cresceram 742,4% e 170%, respectivamente. Em relação ao acumulado em doze meses, 14 segmentos registraram variação positiva, entre eles o grupo de outros equipamentos de transporte, com alta de 23,4%.
Com informações de Assessoria de Imprensa e Comunicação do Ipea.