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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira (24)

Veja o que movimenta os mercados nesta quinta-feira, 24 de junho

- Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
- Jerome Powell, presidente do Federal Reserve

Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pede demissão. Banco da Inglaterra realizou a reunião de política monetária, enquanto os índices de petróleo e ações sobem. Os últimos números de desempregados nos EUA e o teste de estresse do Fed ficam no radar.

Aqui está o que está movimentando os mercados na quinta-feira, 24 de junho.

1. Salles pede demissão do Meio Ambiente
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (23). A exoneração, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

No lugar de Salles, o presidente nomeou Joaquim Álvaro Pereira Leite, que até então ocupava o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério.

Ricardo Salles, que ocupava o cargo desde o início do mandato de Bolsonaro, em 2019, é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

O noticiário de hoje também é marcado pelos relatos em torno da compra da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin, sobre a qual o presidente Jair Bolsonaro teria sido alertado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre pressão no processo referente à importação para uso emergencial dela no país.

A CPI aprovou o convite para que Miranda e o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, irmão do deputado, prestem esclarecimentos sobre o assunto. A previsão é que o servidor e o irmão deputado deponham à comissão de inquérito na sexta-feira à tarde.

2. Testes de estresse do Fed
O Federal Reserve deve divulgar os resultados de seus "testes de estresse" anuais, um movimento que pode resultar na liberação de bilhões de dólares a mais pelos bancos em recompras de ações e dividendos.

Na esteira da pandemia da Covid-19, os reguladores decidiram restringir as distribuições bancárias para garantir que os credores resistissem ao colapso econômico associado.

No entanto, ajudados pelos níveis extremos de estímulo monetário e fiscal que suprimiram as perdas com empréstimos, espera-se que os maiores credores passem no teste facilmente, levando o Fed a levantar os limites de distribuição de capital restantes.

Os seis maiores bancos dos EUA – Bank of America (SA:BOAC34) (NYSE:BAC), Citigroup (SA:CTGP34)(NYSE:C), Goldman Sachs (SA:GSGI34) (NYSE:GS), JPMorgan Chase (SA:JPMC34) (NYSE:JPM), Morgan Stanley (SA:MSBR34) (NYSE:MS) e Wells Fargo (SA:WFCO34) (NYSE:WFC) – aumentarão os pagamentos em US$ 66 bilhões para US$ 130 bilhões em recompras e dividendos nos próximos quatro trimestres, de acordo com cálculos de Glenn Schorr, analista da Evercore ISI.

Também ficam no radar os números semanais de pedidos iniciais por seguro-desemprego, especialmente devido à importância que o Fed está colocando no mercado de trabalho. O número de americanos entrando com novos pedidos de seguro-desemprego aumentou na semana passada pela primeira vez desde abril.

3. Ações em alta, de olho no Fed
As ações dos EUA abrem em alta na quinta-feira, recuperando-se das perdas da sessão anterior, em meio ao otimismo em relação à recuperação econômica.

Às 8h41, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam perto de 0,5%. O EWZ, fundo de índice que se espelha nas principais ações brasileiras em Wall Street, avançava 0,22%.

Mais dirigentes do Federal Reserve estão programados para falar na quinta-feira, após a reunião do banco central da semana passada. Outros seis devem falar mais tarde, incluindo John Williams, o presidente do Banco Federal de Nova York, que disse na segunda-feira que mais progresso econômico é necessário antes que o banco central comece a reduzir suas compras de ativos.

4. Banco da Inglaterra anda na corda bamba
O Banco da Inglaterra realizou hoje a reunião política monetária enfrentando um dilema semelhante ao do Fed sobre o momento da retirada dos estímulos.

O Banco Central do Reino Unido manteve sua taxa de juros na mínima histórica em 0,1%, mantendo o tamanho da política de estímulos, na linha da expectativa dos analistas de mercado.

O Banco da Inglaterra espera ver se um salto na inflação pós-lockdown realmente será transitório e se haverá aumento no desemprego quando o governo britânico iniciar a redução do programa de proteção ao emprego.

5. Petróleo com leve queda após alta no início do dia
Os preços do petróleo chegaram a ser negociados perto das máximas de vários anos na quinta-feira, após queda nos estoques americanos aumentarem o otimismo em relação à alta da demanda na segunda metade do ano. No entanto, a alta reverteu para uma pequena queda.

Perto das 8h48, os futuros do WTI caíam 0,15% para US$ 72,97 o barril, enquanto os do Brent recuavam 0,12% para US$ 75,10, após atingir US$ 76 de quarta-feira.

Esses ganhos seguiram os dados da Energy Information Administration, que relatou uma queda nos estoques dos EUA pela quinta semana consecutiva.