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Petróleo misto; de olho na reunião da Opep

Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano caía 0,03%, para US$ 73,05 o barril

- Zbynek Burival via Unsplash
- Zbynek Burival via Unsplash

Por Peter Nurse, do Investing.com – Os preços do petróleo operavam mistos nesta quinta-feira à medida que os investidores contemplam a possibilidade de oferta adicional ser anunciada na reunião dos principais produtores na próxima semana.

Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano caía 0,03%, para US$ 73,05 o barril, depois de subir no final desta quarta-feira para US$ 74,25 o barril, um pico não visto desde outubro de 2018, enquanto o Brent subia 0,1% para US$ 75,25, abaixo da alta desta quarta-feira de US$ 76, quando também atingiu a máxima de 2018.

Os futuros de gasolina RBOB dos EUA subiam 0,25%, chegando a US$ 2,2725 o galão.

A ponderação no mercado nesta quinta-feira tinha como base comentários sugerindo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, grupo conhecido como Opep+, cogita a possibilidade de aumentar a oferta na sua reunião da próxima semana para frear o rápido aumento dos preços do petróleo bruto.

A informação é de que o Ministro de Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, o líder do grupo, foi reportado dizendo nesta quinta-feira que "temos um papel a desempenhar na domesticação e contenção da inflação, garantindo que o mercado não fique fora de controle".

Isso segue notícias da Rússia no início desta semana, sugerindo que um dos membros mais influentes do grupo considerava propor um aumento da produção de petróleo na reunião da próxima semana.

Os mercados do petróleo dispararam neste ano, com ambos os benchmarks ganhando mais de 40% em relação ao ano passado, na esperança de um rápido regresso ao pico da demanda conforme a Covid-19 é controlada, bem como o cuidadoso controle da oferta global pela Opep+.

A evidência do aumento da demanda nos EUA, o maior consumidor do mundo, veio da Administração de Informações sobre Energia, que reportou uma queda nos estoques norte-americanos de 7,6 milhões de barris para a semana encerrada em 18 de junho, a quinta semana consecutiva de queda nos estoques, o período mais longo desde janeiro de 2021.

O grupo deve se reunir no final da próxima semana para discutir as quotas de produção para agosto, e possivelmente para outros meses. A Opep+ tem aumentado continuamente a produção à medida que a economia global se recupera dos estragos causados pela pandemia da Covid-19, mas continua segurando mais de 5 milhões de barris por dia de produção do mercado.

Na quinta-feira passada, durante as conversas anuais com a Opep+, o ministro indiano do petróleo fez um apelo por uma energia mais "acessível", alertando sobre o impacto do aumento dos preços do petróleo no bolso do consumidor.

A Índia é o terceiro maior país consumidor do mundo, e esses comentários devem aumentar a pressão sobre os produtores antes da reunião.