Moeda norte-americana

Dólar atinge R$ 5,28 em reação à reforma tributária e espera da ata do Fed

A escalada da moeda iniciou quando Paulo Guedes voltou a defender a taxação de dividendos na reforma tributária

- Sharon McCutcheon via Unsplash
- Sharon McCutcheon via Unsplash

Por Leandro Manzoni, do Investing.com – O dólar caminha para a sétima alta consecutiva nesta quarta-feira (07). Após abrir em leve queda e rondar a estabilidade nas duas primeiras horas de negociação, a moeda americana começou a escalar por volta das 11h00, até atingir a máxima intradiária de R$ 5,2802.

Às 13h01, o dólar futuro era negociado com alta de 1,36% a R$ 5,2687. A mínima do dia é de R$ 5,1706. A moeda americana encerrou a véspera com forte alta de 2,08% a R$ 5,1969. 

A escalada iniciou quando o ministro da Economia Paulo Guedes voltou a defender, em audiência na Câmara dos Deputados, a taxação de dividendos na reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso. "O que nós fizemos foi: vamos tributar os rendimentos de capital em aproximadamente 60 bilhões (de reais), 40 (bilhões de reais) nós devolvemos para as empresas e 20 (bilhões de reais) nós desoneramos o assalariado de baixa renda", explicou o ministro.

Se mantida a proposta de taxação de dividendos, há possibilidade de empresas multinacionais instaladas no Brasil a anteciparem a remessa de recursos à matriz, o que gera uma pressão adicional ao preço da moeda americana no médio prazo.

Além disso, os investidores estão à espera da ata da última reunião do Federal Reserve, que será divulgada às 15h00 (horário de Brasília). Os investidores buscam obter mais detalhes na antecipação da alta da taxa de juros de 2024 para 2023 e a discussão quanto à retirada dos estímulos de US$ 120 bilhões mensais.

Mais cedo, foram divulgados dois dados econômicos importantes. As vendas no varejo de maio apresentou expansão de 1,4%, ante expectativa de 2,4%, além de desacelerar em relação à alta de 4,9% em abril, número que foi revisado de 1,8% anteriormente. Nos EUA, a oferta de empregos JOLTs de maio apresentou uma criação de 9,209 milhões de postos de trabalho, um pouco elevado em relação ao mês anterior – quando 9,193 milhões foram criados -, mas abaixo da previsão de 9,388 milhões. 

*Com informações de Reuters