Após o fechamento do mercado na noite de segunda-feira (26), a operadora de telecomunicações Tim (TIMS3) divulgou seu balanço comercial do segundo trimestre deste ano.
A companhia registrou lucro líquido normalizado de R$ 681 milhões no período, um aumento de 154% sobre os meses de abril a junho de 2020. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado somou R$ 2,101 bilhões – alta de 5,9% na mesma base de comparação.
A receita líquida totalizou R$ 4,407 bilhões, avanço de 10,5% sobre o segundo trimestre do ano passado. De acordo com a Tim, os números confirmam a trajetória de recuperação observada desde o terceiro trimestre de 2020.
"Esse cenário é justificado por melhorias operacionais e pelo avanço da recuperação econômica do País, mesmo após a segunda onda de contaminação entre os meses de março e abril, e é confirmado por um crescimento de 1,5% versus o primeiro trimestre. Também contribuiu para um crescimento mais forte uma base comparativa menor, uma vez que os principias impactos da pandemia de covid-19 ocorreram durante o segundo trimestre de 2020, ainda na primeira onda", explicou a Tim.
A receita líquida de serviços, por sua vez, cresceu 8,7% na comparação anual e atingiu R$ 4,26 bilhões. "Todos os componentes de serviços contribuíram positivamente para essa aceleração", diz a companhia. A receita de serviço móvel cresceu 8,5% para R$ 3,98 bilhões, enquanto a de serviço fixo avançou 11,1%, para R$ 283 milhões.
Já a receita líquida de produtos voltou a crescer e registrou ganho de 130,5% no segundo trimestre e avanço de 26,2% em relação ao primeiro trimestre, para R$ 141 milhões.
Essa linha, segundo a Tim, foi afetada durante a pandemia de Covid-19 devido ao fechamento de pontos de venda e redução da circulação de pessoas. Apesar da melhora, cerca de 30% das lojas próprias e revendas ainda foram impactadas por "lockdowns" em junho deste ano.
Quanto ao resultado financeiro líquido, a operadora reportou um saldo negativo de R$ 36 milhões, que aponta uma recuperação em relação ao resultado financeiro negativo de R$ 268 milhões do segundo trimestre de 2020.
A dívida bruta do segundo trimestre ficou em R$ 12,3 bilhões, incremento de R$ 1,950 bilhão em um ano. O montante inclui o reconhecimento de leasing no valor total de R$ 8,186 bilhões (relacionado à venda de torres, projeto LT Amazonas e contratos de arrendamento com prazos superiores a 12 meses, conforme estabelecido pelo IFRS 16); dívida bancária no patamar de R$ 4,226 bilhões e a posição de derivativos de hedge no valor de R$ 104 milhões.
Já a dívida líquida totalizou R$ 5,18 bilhões – redução de R$ 1,8 bilhão comparada ao mesmo período do ano anterior, quando a dívida líquida foi de R$ 7,057 bilhões.
De acordo com a Tim, a queda foi motivada por uma geração de caixa mais forte durante o primeiro semestre deste ano. A relação dívida líquida/Ebitda ficou em 0,60x no trimestre.
Com informações de Reuters