
Antes da abertura de mercado nesta quarta-feira, 28 de julho, o Santander Brasil divulgou os números de seu balanço trimestral referentes ao período de abril a junho.
A subsidiária brasileira do banco espanhol apresentou lucro líquido gerencial, que exclui fatores extraordinários, de R$ 4,171 bilhões, no segundo trimestre deste ano – seu maior nível histórico. O valor demonstra um salto de 95,3% sobre os R$ 2,136 bilhões obtidos no mesmo período de 2020.
O Santander Brasil totalizava, ao fim primeiro semestre deste ano, R$ 940,912 bilhões em ativos totais – uma queda de 4,74% se comparado a um ano antes (R$ 987,679 bilhões), quando a crise deflagrada pela pandemia fez com que fosse perdido o patamar do trilhão, alcançado no trimestre imediatamente anterior.
O patrimônio líquido, por sua vez, avançou 9,07% na comparação com os R$ 72,455 bilhões registrados um ano antes e alcançou R$ 79,024 bilhões, no segundo trimestre deste ano.
A margem financeira bruta totalizou R$ 13,424 bilhões no segundo trimestre deste ano, estável em relação aos três meses imediatamente anteriores. Em um ano, porém, houve retração de 1,5%.
A margem financeira com clientes, que reflete operações do banco que rendem juros, alcançou R$ 11,473 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,6% ante o primeiro. Em um ano, cresceu 4,0%. Tal resultado, segundo o banco, foi possível graças a maiores volumes, venda de produtos mais rentáveis e um calendário favorável, com um maior número de dias corridos.
Já a margem financeira com o mercado, o resultado da tesouraria do banco, foi a R$ 1,951 bilhão de abril a junho deste ano – um recuo de 8,4% no trimestre e de 25,0% em um ano.
Como consequência, o spread do Santander Brasil voltou a encolher no segundo trimestre e retornou ao patamar do terceiro trimestre do ano passado. Ao fim de junho, foi a 10,2% ante 10,6% em março e 10,9% em um ano.
A carteira de crédito ampliada encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 510,314 bilhões, com avanço de 14,4% sobre o total registrado ao fim de junho do ano passado.
Segundo o Santander, a carteira de grandes empresas recuou 0,8% em relação ao saldo verificado no fim de março e avançou apenas 4,2% na comparação com junho do ano passado. Em doze meses, os empréstimos concedidos a pessoas físicas cresceram 20,9% e, contra março, 6,4%.
A parcela da carteira voltada a PMEs saltou 29,8% em um ano e, no trimestre, aumentou em 6,5%.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), ficou em 21,6%, acima dos 20,6% registrados no primeiro trimestre deste ano, e muito próximo à rentabilidade de 21,7% obtida um ano antes, quando excluídos os efeitos das provisões extraordinárias realizadas naquele período.
O Santander Brasil informou ainda, em relatório, que a publicação de suas demonstrações financeiras excluem ganhos da unidade de adquirência de cartões GetNet.
Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters.