A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) reportou nesta quarta-feira, 11, que o volume de investimentos dos brasileiros alcançou o patamar de R$ 4,42 trilhões de patrimônio líquido no primeiro semestre deste ano – alta de 6,3%.
O resultado, segundo a entidade, foi positivamente influenciado pela captação de R$ 206 bilhões dos fundos de investimentos.
As ações, segundo a Anbima, tornaram-se o principal produto da carteira dos investidores do private: 29,2% dos recursos.
Os fundos de ações avançaram de 8,0% para 9,6% da carteira, na mesma base de comparação. Já os fundos multimercados perderam participação de 29,2%, informados em dezembro de 2020, para 28,1% ao fim de junho.
Na variação do volume financeiro, os fundos de ações cresceram 30,3% e as ações, 20,9%. Os fundos imobiliários, de renda fixa e a previdência tiveram variações negativas de 12,6%, 8,5% e 1,7%, respectivamente.
No varejo
As ações aumentaram participação na carteira do varejo, com avanço de 7,2% para 8,1%. A poupança ainda ocupa o primeiro lugar entre esses investidores, mas com queda de de 38,8% para 36,9%, na mesma base de comparação, com R$ 980,5 bilhões investidos.
Os CDBs vêm em seguida, com avanço de 16,8% para 17,2% e atingiu o volume de R$ 2,65 trilhões. Os fundos multimercados se mantiveram na quinta posição entre os produtos com maior representatividade no portfólio, mas cresceram de 6,8% para 7,5% do volume financeiro do varejo.
Entre os clientes do varejo tradicional, os produtos com maior variação de volume foram as debêntures – alta de 62,5% – e os fundos imobiliários – avanço de 22,7%.
Já para os clientes do segmento de varejo alta renda, além das debêntures, que tiveram crescimento de 21,4% no volume financeiro, destacam-se os fundos de ações, com alta de 25,5% no patrimônio líquido no primeiro semestre, e as próprias ações, com avanço de 17,9%.
No número de contas do varejo tradicional, os produtos que mais cresceram foram os fundos multimercados, ações, fundos imobiliários e fundos de ações, com avanços de 19,2%, 18,2% e 12,7% para os dois últimos colocados, respectivamente.
A quantidade de contas recuou 3,8%, graças à redução de contas-poupança, e fechou o mês de junho com 117,2 milhões.
O varejo alta renda, por sua vez, alcançou 12,3 milhões de contas em junho, 4,8% a mais que o informado em dezembro de 2020.
Os destaques em crescimento na quantidade de contas ficam com debêntures (21,8%), ações (14,6%) e fundos imobiliários (13,5%).
Por região
A região Sudeste responde por 68,8% dos investimentos dos brasileiros no período de janeiro a junho deste ano. Na base de comparação com o primeiro semestre de 2020, o avanço da região foi de 7,3% e atinge o patamar de R$ 3,038 trilhões.
As demais regiões também reportaram aumento no volume financeiro. A região Sul totalizou R$ 733,6 bilhões, após crescer 3,1%. As regiões Nordeste e Norte apresentaram uma alta de 3,3%: R$ 359,5 bilhões e R$ 70,8 bilhões, respectivamente.
A maior elevação, entretanto, foi da região Centro-Oeste, que cresceu 9,2% e somou R$ 221,3 bilhões. A região responde por 5% do total de investimentos dos brasileiros, alta de 0,1% sobre igual período do ano passado.
As demais regiões apresentaram expansão de cerca de 3%.