Nesta segunda-feira (23), a XP iniciou a cobertura de ações da CBA (CBAV3) com recomendação de compra no preço-alvo de R$ 19,00 por papel.
Segundo a XP, a tese de investimento apresenta quatro fatores: mudanças estruturais do perfil de consumo, projetos de expansão em linha com as tendências de mercado, valuation atrativo e forte posicionamento ESG.
De acordo com o relatório dos analistas Marcella Ungaretti, Thales Carmo e Yuri Pereira, a CBA se destaca por ser uma líder mundial em alumínio verde. "A CBA produz exclusivamente alumínio de baixo carbono, sendo um dos alumínios com menor emissão de carbono em sua produção (a CBA está no 1º quartil em termos de emissões de CO2 na indústria global, com 2,66 tCO2/tAl)", dizem.
O material ressalta que o Brasil se posiciona como um dos países mais competitivos em termos de emissões de CO2 por tonelada de alumínio.
O portfólio da CBA, pontua o XP, compreende a mineração de bauxita, refino de alumina e a produção de um portfólio completo de primários (lingotes, tarugos, bobinas e placas), transformados (chapas, bobinas, telhas, perfis extrudados) e reciclados.
A XP destaca que a CBA pode ultrapassar os concorrentes em termos de crescimento e lucratividade.
Além disso, a corretora acredita que o consumo de alumínio permaneça alto, pelo menos no curto prazo, enquanto os países reabrem gradualmente suas economias, com o arrefecimento da pandemia.
“Vemos a mudança estrutural para alternativas mais verdes como o principal motivador para o avanço da indústria de alumínio, uma vez que o metal se destaca como um dos mais ecológicos do planeta e o material mais reciclado dentre os metais industriais”, destacam.
A XP vê a CBA negociada a 3,3x EV/Ebitda 2022E. Esse múltiplo se compara à média dos pares entre 4.0x (produtores upstream) e 6.5x (downstream).
Por volta das 13:35, os papéis da CBA (CBAV3) subiam 1,82%, cotados a R$ 11,20.