Por Balazs Koranyi, da Reuters – O Banco Central Europeu elevou nesta quinta-feira (9) suas projeções de crescimento e inflação para este ano e mais além, com a economia da zona do euro se recuperando mais rapidamente da pandemia do que a maioria esperava.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a zona do euro está a caminho de um forte crescimento no terceiro trimestre e que o BCE prevê a atividade econômica de volta ao seu nível pré-pandemia até o final do ano.
Ela disse que embora as perspectivas para a inflação para este ano tenham sido revistas para cima, superior à meta de 2% do BCE, o aumento atual deve ser temporário e acrescentou que a inflação de médio prazo ainda está bem abaixo da meta.
Os riscos para o crescimento estavam "amplamente equilibrados", disse Lagarde, com o BCE mantendo sua avaliação de risco mesmo com analistas alertando sobre obstáculos como a variante Delta da Covid-19, a desaceleração econômica da China e os gargalos persistentes na economia mundial que restringiram a produção em alguns setores.
No que descreve como cenário base, o BCE espera que o PIB cresça 5% este ano, acima dos 4,6% previstos em junho, enquanto o crescimento no próximo ano é estimado em 4,6%, de projeção anterior de 4,7% do BCE.
A previsão de inflação do banco para este ano foi elevada com força, principalmente por causa da alta nos preços das commodities, gargalos de produção e aumento do consumo. Mas a alta esperada nos preços ao consumidor em seu horizonte de projeção permanece abaixo de 2%, marca não alcançada por quase uma década.
A inflação passa a ser estimada em uma média de 2,2% neste ano, acima da taxa de 1,9% projetado em junho, enquanto em 2022 é projetada em 1,7%, contra uma previsão anterior de 1,5%, e em 2023 em 1,5%, ante 1,4%.