Petróleo

Petróleo sobe; OPEP eleva projeção de demanda de 2022

Futuros do petróleo WTI subiam 1% para US$ 70,44 por barril, enquanto os futuros do Brent apresentavam alta de 0,8%, a US$ 73,48

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Por Peter Nurse, da Investing.com – Os preços do petróleo eram negociados em alta na segunda-feira (13), ajudados pelo aumento da projeção de demanda para o ano que vem por parte do grupo de maiores produtores enquanto permanecem as preocupações quanto à produção dos EUA na esteira do furacão Ida. 

Por volta das 12h45 (horário de Brasília), os futuros do petróleo WTI, negociados em Nova York, subiam 1% para US$ 70,44 por barril, enquanto os futuros do Brent apresentavam alta de 0,8%, a US$ 73,48 por barril. 

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 0,3%, a US$ 2,1615 por galão.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo divulgou seu último relatório mensal do mercado no início de segunda-feira, levando sua projeção da demanda global por petróleo para 2022 em quase 1 milhão de barris por dia. 

O grupo vê agora a demanda do ano que vem por petróleo em 100,83 milhões de barris por dia, um aumento de 4,15 milhões de barris em relação a 2021 e acima do crescimento projetado de 3,28 milhões de barris por dia feito no mês passado.

"À medida que as taxas de vacinação aumentam, a expectativa é que a pandemia de Covid-19 seja mais bem gerenciada e que as atividades econômicas e a mobilidade regressem firmemente aos níveis pré-Covid-19", afirmou o relatório.

Os ânimos também foram favorecidos pela notícia na segunda-feira de que os casos de Covid-19 pareciam estar em queda nos EUA, maior consumidor mundial de petróleo bruto, com a média móvel de 7 dias caindo até a sexta-feira para 136.000 casos, em relação aos 157.000 casos diários do final de agosto, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.   

As preocupações com a perda de produção na importante região do Golfo do México devido aos danos causados pelo furacão Ida também estão proporcionando um suporte para os preços do petróleo, especialmente depois de a Louisiana declarar estado de emergência com a formação da tempestade tropical Nicholas no Golfo.

Duas semanas após o Ida tocar solo, cerca de três quartos da produção de petróleo offshore na região, ou cerca de 1,4 milhão de barris por dia, continua interrompida.

O Goldman Sachs descreveu o impacto sobre a produção norte-americana como "historicamente alto" em um informe, antecipando a perda de quase 40 milhões de barris de produção de petróleo.

Estes ganhos foram limitados pela notícia da semana passada de que a China tinha liberado estoques de petróleo bruto pela primeira vez a fim de tentar assistir as suas refinarias. Como os preços permanecem elevados, os investidores agora avaliam que a China irá liberar um considerável volume de 5 a 10 milhões de toneladas de estoques brutos estratégicos.