Investimentos Imobiliários

ARTIGO - Como aproveitar as oportunidades que os mercados imobiliários do interior oferecem?

Imóveis em regiões "fora do eixo" chamam atenção por conta do grande potencial de crescimento que podem apresentar

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Por Giuseppe Galante Neto*

São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba… Quem acompanha o mercado imobiliário está acostumado a ver as maiores capitais no topo dos rankings de venda do mercado imobiliário.

Isso é natural, afinal, são as cidades onde — via de regra — moram as pessoas com maior poder aquisitivo do Brasil. Contudo, olhar apenas para essas regiões na hora de pensar em investimentos significa deixar passar boas oportunidades.

Segundo o relatório FipeZap, até o mês de agosto, os preços dos imóveis no Brasil aumentaram, em média, 5,27% nos últimos doze meses. Mas o país é grande e a disparidade de valorização entre as regiões, mais ainda. Afinal, cada canto do Brasil tem suas particularidades, desafios e cursos de desenvolvimento próprios, baseados em características socioeconômicas locais. 

Olhar esses detalhes com atenção é um dos segredos para quem quer investir com inteligência no mercado imobiliário.

Um exemplo: o mesmo relatório, baseado nas buscas do portal Zap Imóveis, mostrou que os preços de imóveis na cidade de São Paulo avançaram 4,33% no acumulado dos últimos 12 meses. No Rio de Janeiro, a variação foi positiva em 2,84%.

São números bastante tímidos se compararmos, por exemplo, com Manaus (13,7%), Maceió (15,5%) ou Goiânia (11,80%).

Além disso, no mesmo período, o IPCA acumulado foi de 9,39%, o que significa que São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, ficaram sem crescimento real.

Foram 16 capitais analisadas, ao todo, no material. Veja o relatório completo aqui!

É claro que os imóveis nas grandes metrópoles têm valores de venda mais altos que no interior do Brasil, mas o que quero chamar a atenção é para o potencial de crescimento que regiões “fora do eixo” podem apresentar.

Estados como Goiás e aqueles na região da MATOPIBA (acrônimo das siglas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por exemplo, serão cada vez mais impactados pelo crescimento do agronegócio brasileiro. 

Para 2021, segundo o Ministério da Agricultura, o faturamento do agro no Brasil será de mais de R$ 1 trilhão, favorecido pela valorização das commodities no mercado externo e câmbio favorável para as exportações.

Os goianos, aliás, já ocupam a terceira posição entre os maiores produtores de soja do Brasil.

São estados que estão recebendo milhões de reais em obras de infraestrutura e gerando empregos. Nesses locais, o déficit habitacional — que já é grande no Brasil como um todo — está cada vez maior, o que aquece o mercado e gera alta valorização de ativos relacionados ao mercado imobiliário.

Mas, como investir nessas regiões se você não mora nelas?

Hoje, há fundos de investimento imobiliário focados no desenvolvimento de empreendimentos em estados fora do badalado centro-sul do país.

Há projetos residenciais, como loteamentos e multipropriedades; e comerciais, como galpões logísticos e shopping centers, localizados em locais estratégicos como os que citei acima.

Esses FIIs são geridos por profissionais experientes nos setores financeiro e imobiliário e podem ser a escolha ideal para quem quer aproveitar a oportunidade de investir em imóveis que apresentam excelente potencial de rentabilidade, mas estão em regiões muito distantes para se visitar o plantão de vendas e sentar à mesa com o corretor.

*Giuseppe Galante Neto atua como consultor de Negócios Imobiliários (FIIs) na Ouro Preto Investimentos.