Por Dhirendra Tripathi, da Investing.com – As ações do Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) operavam em queda nesta segunda-feira, depois que a plataforma social concordou em pagar US$ 809,5 milhões para encerrar um processo de cinco anos que alega que seus dirigentes enganaram os investidores ao pintarem um cenário melhor que a realidade a respeito da empresa.
Às 14h14, os papéis caíam 3,28% a US$ 60,42 na bolsa de Nova York, enquanto as BDRs recuavam 4,57% a R$ 161,75 na B3.
O processo original, impetrado pelo acionista Doris Shenwick, alegava que Jack Dorsey, CEO, Dick Costolo, ex-CEO e Evan Williams, membro do conselho de administração, esconderam fatos sobre a queda do crescimento de usuários do Twitter ao mesmo tempo em que venderam as suas ações pessoais.
De acordo com a Bloomberg, a ação afirmava que os executivos enganaram os investidores quanto às perspectivas de crescimento da empresa em novembro de 2014, prometendo um aumento de usuários ativos mensais para 550 milhões no "médio” prazo e mais de um bilhão no "longo prazo". A empresa não alcançou nenhuma das duas estimativas e ocultou que não tinha base para essas projeções, de acordo com a denúncia.
Notícias Relacionadas
Caso do G20
É falso: checagem verifica vídeo de Elon Musk respondendo a Janja
Verificação do Comprova mostra que gravação viralizada foi manipulada; Musk comentou o caso nas redes sociais
Encontro do Brics em 2025
Encontro do Brics no Brasil? Eduardo Paes coloca Rio de Janeiro a disposição do grupo
Eduardo Paes anuncia que a cidade está pronta para receber o próximo evento do Brics, destacando o sucesso do G20 como exemplo
O processo também sustentava que a empresa estava rastreando os usuários ativos diários (UAD) como o principal indicador do engajamento de usuários no início de 2015, mas não revelou isso aos investidores na época, optando por divulgar os números de usuários ativos mensais. De acordo com a ação, os dados de UAD mostravam que o crescimento do engajamento dos usuários na plataforma social estava estável ou em redução.
A empresa disse que pretende utilizar disponibilidades de caixa para pagar o montante do acordo, o que deverá acontecer no próximo trimestre.
A companhia afirmou que o acordo não significa a admissão de qualquer transgressão. Não é possível oferecer nenhuma garantia de que o acordo final será executado ou que tal acordo será aprovado pelos tribunais, ela disse.
A empresa encerrou o segundo trimestre com cerca de US$ 8,61 bilhões em caixa, equivalentes e títulos negociáveis.
