Exterior no radar

Dólar aproxima-se de R$ 5,35 com preocupações sobre China

Bolsa caiu nesta sexta, após três altas consecutivas

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Por Wellton Máximo, da Agência Brasil – As preocupações sobre uma possível crise na economia chinesa e a alta da inflação no Brasil provocaram turbulências no mercado financeiro nesta sexta-feira (24). O dólar aproximou-se de R$ 5,35 e fechou no maior valor em mais de um mês. A bolsa de valores caiu pela primeira vez, após três dias seguidos de alta.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,344, com alta de R$ 0,034 (+0,64%). A cotação operou em alta durante toda a sessão e fechou no maior nível desde 23 de agosto (R$ 5,382). A divisa subiu 1,17% na semana e acumula valorização de 3,32% em setembro e de 2,99% em 2021.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela tensão. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta-feira aos 113.283 pontos, com recuo de 0,69%. Apesar da baixa de hoje, o indicador subiu 1,65% na semana, tendo a primeira alta semanal após três semanas de perda.

Evergrande

Os mercados financeiros de todo o planeta foram afetados pelas preocupações em torno da falência da incorporadora chinesa Evergrande, que não pagou US$ 83,5 milhões em títulos que venceriam nesta sexta-feira. Os receios de um eventual colapso no mercado imobiliário da China afetam países emergentes, como o Brasil, que exportam commodities (bens primários com cotação internacional) ao país asiático.

No Brasil, a alta da inflação preocupou o mercado. A prévia da inflação oficial, o IPCA-15, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,14% em setembro e acumula 10,05% em 12 meses. O índice aumenta as pressões para que o Banco Central (BC) acelere a alta da taxa Selic (juros básicos da economia) nas próximas reuniões. Na quarta-feira (22), a Selic foi elevada em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano.