Levantamento

Ipea: ocupação avança e desemprego recua de 15,1% em março para 13,7% em junho

Crescimento está concentrado nos setores informais do mercado

- REUTERS/Amanda Perobelli
- REUTERS/Amanda Perobelli

Nesta segunda-feira (27), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qual aponta que após registrar 15,1% em março deste ano, a desocupação recuou para 13,7% em junho. Outro dado importante foi a taxa de desocupação dessazonalizada, que em junho foi de 13,85, a menor desde maio de 2020.

Segundo o levantamento, o avanço recente das contratações está ocorrendo principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como setores de construção; agricultura; e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente.

Desta forma, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, observa-se uma expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos trabalhadores por conta própria.

Os dados ainda mostram que o aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de forma disseminada para todos os segmentos da população quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O destaque foi para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7,0%, respectivamente.

Apesar dos resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outras dimensões do mercado de trabalho brasileiro ainda seguem em patamares bem desfavoráveis. Além da já mencionada alta na informalidade, observa-se a manutenção da subocupacão em patamar elevado e o aumento do tempo de permanência no desemprego.

De acordo com os microdados de transição da PNAD Contínua, o percentual de trabalhadores desocupados que estavam nesta situação por dois trimestres consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021.

Por outro lado, a parcela de desempregados que obtiveram uma colocação no trimestre subsequente recuou de 26,1% para 17,8% no mesmo período.