Por Maria Carolina Marcello*, da Reuters – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionou na quinta-feira (30) se a pressão para que as pessoas se vacinem contra a Covid-19 não seria motivada por interesses econômicos e aproveitou para defender que a terceira dose, recomendada a certos grupos, seja fornecida sem custos.
Para embasar sua afirmação, o presidente citou reportagens da mídia nacional sobre as possibilidades de lucros de farmacêuticas com a vacinação e as doses de reforço.
"Por que a pressão por vacinas? Será interesse comercial", questionou Bolsonaro, na tradicional transmissão semanal ao vivo por redes sociais.
"Ora, pessoal, não era suficiente uma ou duas doses? As empresas não diziam que era assim? Pois se tem a terceira dose, tem que ser de graça, ou não é? Não é direito do consumidor?"
O presidente, que desde o ano passado questiona a eficácia das vacinas e declarou não ver necessidade de tomar o imunizante contra a Covid-19, disse que não iria ser "politicamente correto" ou "brincar com a vida dos outros" e voltou a dizer que há pessoas com duas doses da vacina que contraíram a doença e faleceram.
Também voltou a defender tratamento sem eficácia comprovada contra a Covid, sem citar diretamente os nomes dos medicamentos.
*Edição de Alexandre Caverni.