A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,87% em agosto de 2021 na comparação com julho, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior alta para o mês desde o ano 2000.
A inflação que sentimos no bolso é diferente da inflação oficial do país. A “inflação pessoal” é sentida de forma diferente entre as famílias porque está relacionada ao número de pessoas que moram na mesma casa, aos seus hábitos de consumo e à região em que residem, por exemplo. Por outro lado, a inflação do governo é uma média que se aplica ao país inteiro.
É por isso que a inflação tem um peso diferente no dia a dia de cada um. Ela pode ser percebida por meio dos reajustes anuais nas mensalidades escolares, nos produtos mais caros no supermercado e no aumento nas contas de consumo, como água e luz, dentre outras.
Como calcular a inflação pessoal?
Assim como acontece com o cálculo do IPCA, podemos mensurar a inflação pessoal comparando o aumento dos nossos gastos de um período para outro, podendo ser usado aquele que mais se adeque à necessidade (mensal, semestral, anual, dentre outros).
Veja, abaixo, exemplo da relação de despesas anuais, de um ano para outro:
Despesas por Grupo |
Valor 2020 |
Valor 2021 |
Alimentação e bebidas |
24.000 |
26.400 |
Habitação |
36.000 |
36.600 |
Artigos de residência |
2.400 |
3.000 |
Vestuário |
960 |
1.440 |
Transporte |
12.000 |
13.800 |
Saúde e cuidados pessoais |
4.800 |
6.000 |
Despesas pessoais |
3.600 |
4.200 |
Educação |
1.800 |
2.400 |
Comunicação |
1.200 |
1.440 |
Total de despesas |
86.760 |
95.280 |
Usando esse exemplo, sua inflação pessoal seria de aproximadamente 9,8% de 2020 para 2021.
A melhor dica para manter a inflação pessoal em níveis reduzidos é entender (e aceitar) que os gastos somente devem aumentar se a receita total acompanhar esse aumento.
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